31 - Pais De Primeira Viagem

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Lhes trago o último capítulo dessa fic com dois avisos importantes.

1°: o plot será modificado em alguns trechos, assim que eu tiver tempo para poder revisar tudo e modificar avisarei, ok.

2°: O livro dois saíra em breve e Jesus ensinou a perdoar.

Ele havia treinado por meses, trocando fraldas em bonecas e aprendendo em vídeos e manuais, mas agora, não importava o quanto havia se preparado, simplesmente parecia uma coisa de outro mundo

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Ele havia treinado por meses, trocando fraldas em bonecas e aprendendo em vídeos e manuais, mas agora, não importava o quanto havia se preparado, simplesmente parecia uma coisa de outro mundo.

Ainda mais olhando seu bebê, tão pequenino, resmungando enquanto sugava uma das mãozinhas. Temia machucá-lo de alguma forma, fosse na hora que levantasse suas perninhas ou o deitasse de novo, sentia-se grande demais para fazer aquilo. E se ativasse sua peculiaridade sem querer? Acabaria cortando a delicada pele de seu bebê, e quase chorava só de pensar em algo assim.

Com os olhos ainda fechados, Hikari vibrava as perninhas agilmente, chutando o ar desordenadamente, emitindo barulhinhos engraçados que o faziam parecer ainda mais frágil.

- Vai ou não vai trocar essa fralda, Eiji? - Katsuki perguntou um tanto mal humorado - Anda logo que ele está com fome.

Ele olhou novamente para o bebê que encolheu as perninhas até o estômago, juntando os pés em uma posição que o deixava como um bolinho compactado de fofura. Tinha treinado tanto para aquele momento, não podia vacilar justo agora que seu bebê estava resmungando com fome, tinha que ser forte. Então respirou fundo, concentrando-se como se fosse erguer um caminhão. Hikari precisava ser trocado, estava incomodado com a fralda suja e seus resmungos já indicavam indícios de que ele, em breve, engataria em um choro descontente, e se havia algo que Eijiro descobrira no momento em que os filhos nasceram era que não conseguia vê-los chorando sem se machucar junto. Liberou todo o ar preso de uma só vez, erguendo a mão para levantá-lo e executar a tarefa e, novamente, parando a meio metro de distância sem nem mesmo resvalar os dedos que se fecharam em punho, afastando-se de novo. Ele poderia caber na palma de sua mão, de tão pequeno e frágil, não podia correr o risco de machucá-lo.

Volveu o olhar para o esposo, já lacrimejando.

- Não consigo, eu tô com medo de machucar ele.

Lá estava um dos heróis mais fortes do país, quiçá do mundo, com medo de executar uma simples tarefa, chorando enquanto se deixava consumir por um anseio tolo.

Foi a vez de Katsuki respirar fundo, tentando conter um pouco da própria ansiedade. Também temia fazer algo errado e machucar os filhos, mas era mais controlado que o esposo.

- Você não vai, acredite. É o pai dele, a última pessoa que o machucaria.

- Eu sei... - disse sem jeito tentando conter a emoção -... Mas é se eu acabar apertando muito ou o arranhando? - encarou seu bebê, tão delicado e precioso, sentindo-se ainda mais incapaz. Em sua mente vivenciava seus medos - E-Eu não posso arriscar...

Nosso Segredo (Livro 1/Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora