10 - Guardião ✅

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Hello, estamos preparados para o tombo? Talvez não, mas ele vem mesmo assim rsrsrs

💫 Revisão: 28/11/20

Após uma uma semana extenuante, Eijirou pôde enfim se permitir descansar, mesmo que por apenas alguns minutos

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Após uma uma semana extenuante, Eijirou pôde enfim se permitir descansar, mesmo que por apenas alguns minutos. Passara horas velando o sono do esposo, sentado na mesma cadeira, e a sensação de poder levantar e esticar um pouco os músculos foi libertadora.

Pediu um café expresso na lanchonete do hospital e deixou o corpo cair cansado sobre um dos bancos, com a cabeça pendida para trás e o antebraço sobre os olhos. Estava tão estafado que mal conseguia manter os olhos abertos, as pálpebras simplesmente pareciam pesadas demais. Ajeitou a postura, suspirando pesadamente e sorvou um pouco do café enquanto tentava não pensar nos problemas.

A dualidade da situação o fez sorrir de modo amargo. Era como se o universo estivesse lhe pregando uma pegadinha. Já havia aceitado o fato de que nunca teria filhos biológicos por respeito ao esposo e sequer considerava pedir algo daquele gênero à ele, certo de que Katsuki provavelmente negaria. Poderiam adotar, e Eijiro realmente não se importava com o detalhe das crianças não terem o mesmo sangue ou genética, desde que um dia pudesse ter filhos.

E então, quando menos espera e contra todas as expectativas e possibilidades, Katsuki apareceu grávido espontaneamente, e de gêmeos, como se fosse premiado duas vezes na loteria. Uma sorte que o fazia sorrir abobalhado toda vez que se pega a pensando na situação. Contudo, havia outro detalhe, um muito importante que até então não tinha considerado: O fato de Katsuki ser o Katsuki.

Explosivo, teimoso e orgulhoso por natureza. Viril, corajoso e muito arrogante. Eijirou deveria ter suposto que seriam os nove meses mais longos de sua vida, naquela eterna luta entre garantir o bem estar de Katsuki e dos filhos, tendo que lidar com o mal humor e medos do esposo que parecia disperso e meio desconectado da realidade, ignorando o fato de que não podia mais se expor a qualquer tipo de situação sem ponderar os riscos.

Seria uma batalha e tanto, talvez a mais difícil que já empreendeu, e Eijirou implorava ao mesmo universo que o presenteara com aquela benção que lhe desse calma e paciência para lidar com todas as dificuldades que vinham se amontinando. Ainda podia sentir o pânico que lhe travou os músculos ao correr com Katsuki desacordado em seus braços para o hospital, torcendo para que toda aquela comoção não fizesse mal aos seus bebês, nem ao esposo, pois Bakugou nunca se perdoaria caso perdesse as crianças. O conhecia bem, por detrás de toda aquela máscara de durão residia uma criatura de coração mole, e empática com as pessoas que amava, por mais bruta que aparentasse ser por fora.

Deu-se ao luxo de relaxar alguns minutos antes de se levantar. Pressentia que não poderia deixar Katsuki sozinho por muito tempo, ainda que os enfermeiros garantissem que estaria tudo bem. A pressão da responsabilidade o fazia sentir como se carregasse o mundo nas próprias costas. Por sorte, Izuku atendeu seu pedido e gentilmente lhe trouxe uma muda de roupa, pois não estaria nem um pouco confortável em permanecer de uniforme dentro de um hospital durante todas aquelas horas, ainda mais o seu sendo de um modelo tão revelador.

Nosso Segredo (Livro 1/Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora