Ser uma mulher inteligente nos anos 40 é difícil. Ser a voz da diplomacia no Exército é quase impossível. Mas Lilian Johnson consegue ambos com maestria.
Complicado mesmo é se apaixonar por Bucky Barnes.
No paradigma clássico das Relações Internacio...
— O que é isso? —uma voz soou assim que o barulho da porta se abrindo ecoou na minha sala.
Eu me separei de Bucky no mesmo segundo. Pude ver o Coronel Phillips de braços cruzados, nos encarando com uma feição de desgosto.
— Coronel... Nós... Só... —gaguejei, não conseguindo trazer nenhuma desculpa esfarrapada para explicar o porquê de estar abraçando Barnes no meio de minha sala com lágrimas nos olhos.
— Não, senhorita Johnson. Os dois vão se sentar aí e nós três teremos uma conversa. —sua voz era rude. Apontou as cadeiras de visitantes de frente com a minha mesa, indo se sentar na minha própria cadeira.
Eu e Barnes demoramos para processar a ordem, mas nos sentamos.
— Você, sargento Barnes... —Phillips começou a falar, uma pose intimidadora. — Você roubou a estrela dessa divisão. Se Lilian fosse minha filha, nunca que a deixaria se engraçar com um idiota estúpido como você. —Barnes arregalou os olhos, encolhendo-se na cadeira. — Mas, ainda assim, a pessoa que carrega mais estupidez de vocês dois é a própria Lilian. Não basta ter se envolvido com um sargentinho enquanto poderia ter o mundo todo a seus pés, teve que contrariar minha ordem direta de manterem-se longe dentro da minha base. Vocês são dois bobalhões rebeldes e, de certa maneira, se merecem. —as palavras rudes e diretas do Coronel nos deixou com olhares no chão. — É por isso que vou tirar Barnes da linha de frente.
No mesmo segundo, nossos olhares voltaram para Phillips. O meu, animado e aliviado. O de Barnes, decepcionado e tristonho.
— Mas... Senhor! Eu dou conta! Eu fui treinado, humilhado, quase morto para poder assumir meu próprio pelotão! Não o tire de mim! —Barnes implorou, só faltando se jogar aos pés do Coronel de joelhos.
— Oh, coitadinho do sargentinho Barnes! —Phillips falou em uma voz forçada e melosa, depois assumindo uma feição de um leão. — Recomponha-se! Sua namorada passa por coisas piores todos os dias e é uma das pessoas mais respeitadas desse país, Barnes! Se forem passar tanto tempo juntos, pelo menos aprenda algo com ela!
Phillips se levantou da cadeira, andando de maneira imponente até a porta.
— E, se eu ver os dois se agarrando por aí de novo, ambos serão suspensos!
Saiu da sala, deixando-nos sem palavras.
Virei minha cabeça lentamente, olhando para Barnes de uma maneira cautelosa. Eu sabia que ele estava prestes a explodir.
— A única coisa relevante que já me aconteceu na vida... Tirada de mim como um pirulito. —ele fitava o nada, cerrando os olhos enquanto falava. — E isso é sua culpa, Lilian Johnson. Você estraga tudo ao seu redor. Mal posso esperar por sua assinatura no meu atestado de óbito.
Ele se levantou, deixando-me sozinha na sala com suas palavras ecoando na minha cabeça. Ecoando de novo. E de novo. E de novo...
Impossível dizer por quantos minutos eu fiquei em um estado de choque naquela cadeira. Só sei que, quando me levantei, já sabia o que ia fazer.
Fui diretamente à barraca que servia de dormitório para muitos dos soldados, encontrando olhares surpresos e famintos por todo o caminho até encontrar a cama de Bucky.
Ele estava deitado com a cabeça sobre os braços, olhando para cima como se algo extremamente interessante acontecesse no teto.
— Levante-se. —minha ordem foi direta e nada gentil. Esperei por qualquer movimentação dele, mas nada. Ele continuava estático, o olhar raivoso. — Levante-se agora, James Barnes, ou eu mesma vou te colocar em pé.
Alguns dos soldados já se acumulavam na barraca, encarando a cena e se divertindo. Assim que ouvi seus murmúrios, olhei para cada um deles. Tirei uma arma do coldre posicionado em minha perna, deixando a peça à vista.
— Saiam daqui. E se qualquer um ficar a menos de cem metros dessa cabana, vou dar um buraco na testa de brinde.
Todos saíram apressados, até se esbarrando. Em questão de segundos não havia ninguém ali, exceto eu e um sargento estúpido e teimoso.
— Você me entedia, Lilian.
— Eu te entedio, Barnes? Você está fazendo a droga de uma pirraça mesmo tendo a vida salva e eu sou a pessoa entediante? —ralhei, vendo-o olhar para mim com uma feição de indiferença ainda deitado naquela cama. — Vou te curar desse seu tédio.
Nem esperei terminar a sentença quando subi no colo dele. Barnes arregalou os olhos, assustando-se com minha atitude. Nem me importei, logo descendo o tronco para alcançar sua boca. Eu mordisquei os lábios dele, apertando minhas coxas em volta dos seus quadris. Logo ele já estava com uma mão apertando minha perna e outra se emaranhando nos meus fios, empurrando meu rosto para perto e já adentrando minha boca com sua língua.
O ritmo do nosso beijo era apressado, frenético. As mãos dele passeavam entre minha coxa e meus glúteos, apertando-me vez ou outra. Era quando eu saía de mim, agarrando seus cabelos e arranhando qualquer parte descoberta de seu peitoral.
— Lilian! —ele se afastou, agora puxando meus cabelos para trás para afastar meu rosto. — O que você está fazendo? Phillips acabou de dizer que-
— Calado, Barnes! Se abrir a boca novamente para algo que não for gemer meu nome, eu vou decorar sua testa com um buraco também!
Assim que terminei minha ameaça, ele se movimentou. Agarrou minhas coxas com suas mãos, segurando meu corpo colado ao seu e me jogando no colchão. Ficou por cima de mim, entre minhas pernas, olhando-me com uma expressão psicótica.
— Ah, Lilian... Hoje você vai urrar meu nome tão alto que vão chegar aqui com granadas para te salvar.
E, logo que Barnes terminou sua última palavra, a intensidade do que acontecia antes se intensificou em cem vezes. O desespero do beijo, as mãos passeando por locais que aumentavam nossa libido até transbordarmos, as roupas sendo tiradas sem a preocupação com a integridade dos tecidos, os apertões e tapas... Eu estava definitivamente enlouquecendo.
O ritmo com que Barnes me adentrava era tão... Tão... Que não conseguimos manter por muito tempo. As explosões do orgasmo vieram assim que ele tocou o meu ponto certo, continuando a me estimular apenas para seu puro prazer.
— Espero que eu tenha conseguido te livrar do tédio, Barnes. —disse, olhando-o todo ofegante e com a feição ainda perdida sobre o que havia acontecido há pouco.
— Você faz esse tipo de coisa só para se sentir no poder, Lilian. Mas saiba que não com sexo que vai me vencer. Eu evolui, você precisa também. Agora saia de cima de mim.
Cerrei os olhos, ainda não entendo a reação daquele maldito.
— Você, Barnes... Você não vai morrer enquanto eu estiver nessa divisão. Você está me ouvindo? Eu te proíbo de morrer na minha divisão!
Levantei-me, raivosa, juntando minhas coisas pelo caminho. Saí me vestindo de qualquer maneira, já indo na direção do meu banheiro.
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N/A: serase esse foi um capítulo aleatório ou tem coisas por trás? rsrs
