Heike's point of view.
— Ich habe dich gefunden, Heike. —ouvi a voz masculina enquanto eu andava escondida pelos arredores da base militar de Wheaton.
Virei-me lentamente, fingindo que já sabia que ele estava ali. Das regras que fui ensinada, a primeira delas é "finja que está em vantagem, mesmo estando à beira da derrota."
Posso dizer que essa frase definia bem a minha situação no momento.
— Se me encontrou, é porque andou me procurando, Sir. O que te traz até mim?
— Sua indisponibilidade. Você sabe que conseguiu irritar até Hitler? Onde está com a cabeça que andou ignorando o contato de seus Vorgesetzten? Acha que não está sob os efeitos de nenhuma hierarquia só por não estar em território alemão, Heike? —o agente alemão, que também circundava algumas bases americanas, se aproximou dois passos, finalmente deixando que eu pudesse ver seu rosto ao sair da escuridão da sombra das árvores.
— Eu não estou ignorando, Klaus. Eu sou responsável pela maior missão nos Estados Unidos e não posso me dar ao luxo de ser desleixada. Se eu não entrei em contato, é porque o momento não era ideal. —respondi às acusações, não estando exatamente mentindo.
— Ideal, Heike? Tem certeza disso? —e, abrindo um sorriso maléfico, Klaus tirou de dentro de seu sobretudo uma folha de papel que eu reconheci de longe. — Quer dizer que você não vem negligenciando sua própria operação?
Por dentro, eu já estava morta. Por fora, talvez também, já que sentia minhas mãos geladas como se as tivesse enfiado em dez palmos de neve pelas últimas horas.
— O que está sugerindo, agent? —fechei minhas expressões como se pudesse matá-lo com raios saídos dos meus olhos. Travei o maxilar e respirei fundo até movimentar minhas costas e sentir o cano de minha arma tocando minha pele, para sentir exatamente qual era sua posição caso precisasse de uma resposta violenta.
É claro que assassinar um de meus compatriotas também seria um crime de traição que poderia acarretar em um julgamento e pena de morte - ou suicídio, já que Hitler gosta de assistir aos insubordinados que tomam compulsoriamente as famosas pílulas de cianureto.
— Estou sugerindo, Heike, que houve uma tentativa de alterar os planos para o pelotão que está seguindo para a emboscada. Bem debaixo de sua supervisão. Estou sugerindo que Lilian Johnson, a dona da assinatura nesse papel, tentou trocar as coordenadas do destino de última hora para salvar os homens que embarcaram. O porquê, exatamente, eu ainda não sei. Mas sei que ela não conseguiu, já que eu entrei na sala à tempo e troquei as folhas. —ele sorriu de uma forma sociopata, tirando uma arma de seu coldre e fingindo que a limpava com o tecido de seu casaco. — Assim sendo, você pode dormir tranquila, sabendo que muitos americanos vão morrer em poucos dias.
Eu engoli em seco.
— Quem te deu o poder de interferir em minha missão, Klaus? Eu venho matando americanos desde quando pisei nessa terra para colocar tudo nos trilhos que colocarão a Alemanha à frente da ordem mundial. Acha mesmo que vai aparecer aqui e fazer uma graça porque trocou um pedaço de papel? —respondi, aproximando-me de maneira calculada, deixando meu pé esquerdo levemente posicionado à frente de meu corpo para me equilibrar caso precisasse de um saque rápido.
— O que eu acho, Heike, é que você se perdeu no personagem! —ele se aproximou ferozmente, ficando com o rosto a centímetros do meu e falando entredentes. — Eu sei que está sendo considerada para um posto na dirigência da Hydra. Pense no quão decepcionado Herr Schmidt ficaria se soubesse de suas diversões em terras norte-americanas! E, imagine só... Correndo atrás de um sar—
Antes mesmo que Klaus pudesse terminar aquela palavra, minha mão correu até o cano de minha arma. O saque foi ainda mais rápido que imaginei, estando devidamente posicionada no peito do homem antes que ele pensasse em revidar.
Eu atirei como se estivesse acendendo um fósforo. Foi automático, sem complicações e rápido.
Quando meus olhos funcionaram novamente, depois da adrenalina em minhas veias diminuírem para níveis normais, eu entendi que havia um corpo com um tiro no coração bem diante dos meus pés.
E, quando meus ouvidos voltaram a funcionar novamente, eu entendi que um carro fazia ronda ali perto.
E, quando me virei para o som, pude encontrar a agente Peggy Carter em uma feição horrorizada.
— Lilian?
N/A: OLÁ
Heike? Lilian? O que quis dizer Peggy? Rsrsr
Como eu disse, vou terminar a fic no capítulo 40. Vocês querem uma continuação com o Bucky pós-Endgame? Mesmo tendo outro par romântico? Vou postar o que tenho de projeto para uma nova fic nas notas do próximo <3
Se tiverem perguntas, curiosidades sobre essa fic (sobre a escritora, sobre o processo de criação ou escrita; qualquer coisa mesmo), podem me mandar e eu vou fazer um capítulo especial depois do último para responder!
xx e boa quarentena!
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Diplomacy {bucky barnes}
FanfictionSer uma mulher inteligente nos anos 40 é difícil. Ser a voz da diplomacia no Exército é quase impossível. Mas Lilian Johnson consegue ambos com maestria. Complicado mesmo é se apaixonar por Bucky Barnes. No paradigma clássico das Relações Internacio...