nineteen.

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LILIAN JOHNSON'S POINT OF VIEW



— Eu não acredito que você está fazendo isso, Lilian. Eu realmente não acredito.

Sussurrei para mim a mesmíssima frase durante todo o caminho de jipe até o Pub, que era o ponto de encontro entre damas desesperadas por um sexo meia boca e soldados desesperados por qualquer contato feminino. 

Sendo quem eu era, claramente não possuía vestidos que fizessem jus àquele local deprimente. Tive que gastar minha belíssima -e caríssima- herança de pérolas de minha mãe em um bar sujo e fedorento. Entretanto, sabia que valeria a pena quando James Buchanan Barnes engasgasse na própria saliva.

Ele disse que não há humanidade em mim, mas sou mais humana do que ele próprio. Sempre abdiquei de minha própria vida por propósitos maiores, fazendo exatamente tudo que me era mandado. Enquanto mulher, nunca tive voz ou vontades próprias. Nunca fui respeitada como deveria, mesmo tendo uma das mentes mais brilhantes do mundo. A mera condição de ser uma fêmea me colocava em desvantagem.

Eu não deixo ninguém dizer o que eu sou ou deixo de ser. Naquela noite não seria diferente.

E, melhor: James vai me respeitar. Ele inventou para oficiais de alto escalão que tem uma relação comigo. Se é assim, ele vai se comportar do modo que eu quiser. 

Ainda assim, não há nenhum motivo grandioso ou com propósito louvável em minha breve visita à ele no bar. Eu só quero provar que sim, sou uma ótima e carismática exemplar de ser humana, e que ele vai me respeitar porque eu mereço isso. Além disso, a explosão de vontade de transar com Barnes em qualquer canto escuro crescia a cada dia. Malditos olhos claros e maldito corpo escultural. Esse era o momento perfeito de A) lhe ensinar uma lição e B) de uma maneira que eu também possa me divertir.

Enquanto andava pelo bar, todos os olhares se voltavam a mim. Eu não era de ir a locais públicos que requerem o mínimo de contato humano, então posso entender a surpresa desses meros mortais.

Minha feição ficou ainda mais fechada e determinada quando avistei 'meu homem' sentado no balcão, um copo de uísque na mão direita e a nádega de uma loira qualquer na esquerda. Engoli a náusea, agradecendo por, pelo menos, ele estar em um canto invisível no lugar.

— Estou interrompendo alguma coisa? —coloquei as mãos na cintura, esperando o cínico dirigir seu olhar a mim.

Ele apenas bufou, não me olhando. 

— Veio me buscar com uma granada agora, Johnson? 

— Nós vamos apenas conversar, Barnes. Encontre-me no salão do segundo andar. Sem a bunda de alguém nas mãos. 

Diplomacy {bucky barnes}Onde histórias criam vida. Descubra agora