Lilian Johnson's point of view
— Vocês trabalharão com Johnson hoje. Um raio caiu no campo aberto onde alguns soldados eram treinados e não queremos perder ninguém fora das batalhas. —a voz do Coronel Phillips soou, rouca e autoritária como sempre.
Fechei os olhos, já respirando fundo. Eu não havia sido avisada que teria uma porção de homens inúteis na minha cola hoje.
Calma, Lilian. Não pode ser tão ruim assim.
— Eu, pessoalmente, preferiria o raio. —um murmúrio soou, enchendo o ambiente de risos logo depois.
Sim, Lilian. Pode ser ruim assim.
— Sargento Barnes. Aposto que ninguém vai lhe impedir. —respondi, exibindo a porta com o braço em um movimento teatral.
— Sem picuinhas na minha base. —Phillips nos repreendeu, mas podia notar o tom de felicidade na voz dele ao perceber que a Lilian odiadora de sargentos havia voltado. — Adestre-os, Johnson.
Em meio a mais risinhos, incluindo o meu, Phillips saiu.
Eu estava em uma enorme sala com cerca de dezenove homens e um animal: Barnes. Os ensinamentos sobre localização geográfica, mapas de fábricas e estratégias iria começar.
— Sentem-se, garotos. —ordenei, virando-me para o gigantesco mapa mundi atrás de mim.
— Não há cadeiras para todos. —Barnes respondeu, o mesmo tom ressentido para me alfinetar.
— E o que quer que eu faça? Ofereça meu colo? —meu tom ainda mais receoso pairou, trazendo um clima um tanto pesado ao ambiente. Barnes praticamente me deu um fora depois de transar comigo e isso estava me atingindo com os dois pés nos peitos nesse momento.
— Se não se importa. —ele sorriu, aqueles dentes brilhantes e alinhados que eu pude ver abocanhar minha pele por algumas vezes.
— Eu, particularmente, não. Mas não tenho certeza se você aguenta.
Meu olhar feroz estava tão focado no rosto levemente pálido e surpreso de Barnes que nem notei todos os olhos se arregalando e os movimentos nervosos dos outros presentes. Na verdade, nem lembrei da existência de outra pessoa naquela sala senão ele.
Barnes piscou os olhos verdes levemente arregalados algumas vezes, depois soltando um riso forçado como se tentasse amenizar a situação para os colegas que o encaravam esperando uma resposta.
— Esse é o tipo de conversa que um casal deixa no particular, Lilian. —ele respondeu, esquivando-se completamente dos ataques e forçando a palavra casal para me lembrar de como era nossa relação publicamente.
— Esse é o tipo de conversa que esse casal — sorri com deboche quando proferi a palavra — não tem, Barnes. Aparentemente, sou muito fria e volátil para lidar com isso. —disse, em um tom divertido, sorrindo para quaisquer outros homens que me encaravam com medo.
— Você quer ter uma conversa, Johnson? Então vamos ter uma conversa! —agora ele realmente havia se irritado. Seu peito subia e descia rapidamente de tanto nervosismo. Levantou o braço, indicando a porta de saída com o polegar.
— Rapazes, deixem-nos a sós.
Finquei os pés no chão, deixando claro que ali eu ditava o jogo.
Em questão de segundos, todos se levantaram e correram para fora da sala de conferências que era mais minha que de qualquer outro.
Deixaram-nos a sós.
Sozinhos mesmo.
Na mesma sala.
Eu e Bucky.
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Diplomacy {bucky barnes}
Fiksi PenggemarSer uma mulher inteligente nos anos 40 é difícil. Ser a voz da diplomacia no Exército é quase impossível. Mas Lilian Johnson consegue ambos com maestria. Complicado mesmo é se apaixonar por Bucky Barnes. No paradigma clássico das Relações Internacio...