thirty seven.

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LilHeike Johnson's point of view


—  Lilian?

A voz de Peggy soando foi como uma bala penetrando o meu cérebro.

Naquele momento, era como se um milhão de possibilidades perpassassem meu cérebro. Eu poderia mentir, continuando a ser a Lilian nazista. Poderia mentir, protegendo-me para não ser presa e usar minhas informações para acabar com Hitler. Poderia matar Peggy, não dando explicação alguma. Poderia me matar, sendo enterrada como uma traidora. Poderia contar toda a verdade, torcendo para Peggy ter um pouco de misericórdia e não me matar ali mesmo.

Quando fiz a minha escolha, defini que iria com ela até o fim de minha vida.

—  Encontrei esse homem andando pela floresta, agente Carter. Ele estava com um papel de confidencialidade cinco roubado da minha sala e é, provavelmente, o autor de todos os assassinatos recentes. Você pode checar, mas ele tem uma suástica costurada no casaco...

Expliquei-me para Peggy, sabendo que ela estaria analisando até o compasso da minha respiração. De todas as missões, de todas as enganações e manipulações... Eu sempre achava mais difícil mentir para ela. Naquele momento, porém, não foi apenas difícil. Foi doloroso. 

Peggy já havia feito mais por mim que meu progenitor. Socou Barnes quando achou que ele havia me molestado; foi suspensa por me defender quando eu realmente cometi um homicídio. Ela era leal, mesmo quando eu não via. Mesmo comigo sendo uma traidora.

E, naqueles três segundos que eu levei para decidir o rumo da minha vida e missão, eu escolhi ser duplamente uma traidora.

Em três segundos eu abandonei meu país, minhas raízes e minha origem. Abandonei porque era um país genocida, que vinha fuzilando minorias; abandonei porque eram raízes machistas, eugenistas, xenofóbicas, que me fizeram sofrer e que fariam outros milhões sofrerem por gerações; abandonei porque minha origem não dizia mais nada sobre quem eu queria ser.

Eu queria ser Lilian Johnson. A aliada. Queria acabar com o nazismo, acabar com a guerra e fazer com que milhares de homens voltassem para suas casas em segurança.

E, quando mentir para Peggy doeu, eu tive a certeza que havia feito a escolha certa.

—  Eu não quero checar nada, Johnson. Conheço um nazista quando vejo um. Agora vá para a base e chame alguém para levar esse corpo daqui! —Peggy respondeu, dando-me uma ordem. Eu tinha certeza que ela iria ficar sozinha com o corpo para sim, checar se minhas informações faziam sentido. 

Dei alguns passos até o jipe, mas logo algo surgiu em minha mente.

Eu havia tentado salvar o pelotão. Eu tentei proteger Bucky. Alterei as coordenadas de destino no documento que seria entregue ao piloto e oficiais da Europa, mas aquele alemão desgraçado me descobriu. Provavelmente à mando de Schmidt, já que eu não havia atendido e nem retornado os seus últimos dezenove chamados nos últimos dias. Eu realmente estava me esquecendo de ser Heike. 

Voltei até Peggy, que estava mais próxima de Klaus encarando o buraco do tiro.

—  Agente Carter. —chamei sua atenção, vendo a mulher ter um leve susto e me encarando com raiva logo depois. — Eu preciso de sua ajuda. 

—  Eu estou no meio de uma ajuda, Lilian. Você é a pessoa que mais causa desconfiança nesse país e eu te encontrei depois de um homicídio. Pelo protocolo, eu já deveria ter te prendido! — ela colocou as mãos na cintura, provando, mais uma vez, que era a pessoa perfeita para me ajudar.

—  Eu tenho informações muito mais precisas sobre a localização da Alemanha. A cento e sete está indo para uma emboscada, Peggy, e só Deus sabe o que farão com eles. Eu quero reverter. Eu quero salvá-los. —pedi, aproximando-me alguns passos e carregando todas as minhas palavras de verdade, como não fazia há um tempo.

—  Eu não vou nem entrar na questão de como você conseguiu essas informações, Lilian. Mas sei bem o que você quer salvar. Isso não é profissional da sua parte. — Peggy me acusou, olhando no fundo dos meus olhos e provavelmente sentindo minha tristeza quando fez alusão a Bucky. Eu respirei fundo, já acatando o "não" que ainda não fora dito.  —  Vou chamar Howard e ele te levará até a Europa.

Quando Peggy mal havia acabado de falar, meu corpo tomou um impulso que não sei exatamente de onde surgiu. Eu corri até ela, dando-lhe um abraço.

Eu estou à caminho, Bucky Barnes.

Esteja bem.


N/A: ela era uma agente dupla

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N/A: ela era uma agente dupla. fim de história? rsrsrsrs 

Tem muita coisa para rolar até o capítulo quarenta. Lilian indo salvar Bucky, Bucky narrando o que acontece com ele enquanto isso, bússolas sentimentais e um final digno de Lilian Johnson para Lilian Johnson. Espero que amem, assim como eu!

XX

Diplomacy {bucky barnes}Onde histórias criam vida. Descubra agora