thirty.

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James Buchanan Barnes' point of view


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Quando todos os homens que ocupavam o espaço saíram da sala, eu esperei a tempestade chegar. A tempestade acompanha um furacão que destrói casas, evacua cidades e levita carros. Eu a chamo de Lilian Johnson.

Ela continuou parada em sua redoma de palestras, os braços cruzados e a sobrancelha esquerda arqueada. Olhava-me continuamente, como se esperasse por um discurso meu. 

—  Por que está me olhando assim, Johnson? Eu não vou começar essa conversa. 

— Eu não quero uma conversa, Barnes. Estou esperando o pedido de desculpas. — ela respondeu, a mesma forma feroz e imponente de sempre. Eu ri de maneira irônica, soltando o ar que nem percebi que guardava de maneira nervosa.

— Peço mil desculpas, senhorita Johnson. Primeiro, desculpa por não te achar tão boa quanto você pensa que é. Segundo, por tentar fazer algo pelo meu país, que é meio que o motivo pelo qual estou aqui voluntariamente. Terceiro, por ser atacado sexualmente por você ontem e não exibir nenhum interesse em sua frieza e estupidez depois. Eu realmente sinto muito. — fiz uma cara pidona, arrependida e teatral. Quando terminei de cuspir todas as palavras e a cegueira de raiva passou, consegui ver a boca escancara de Lilian.

— Você... Não pode ser que seja tão burro, Barnes! Você me colocou nisso tudo! Você armou esse plano idiota de fingir sermos um casal porque não queria me ver morta, você se aproximou sempre que possível porque quis e terminou seu plano perfeito me rebaixando à sua mera dama de companhia! — ela começou a berrar, aproximando-se de uma forma raivosa.

Eu franzi o cenho, pensando no porquê de toda a briga. 

O ponto é que eu não conseguia encontrá-lo. Não havia um motivo específico, um fato convergente para estarmos bravos um com o outro naquele exato momento. Seriam angústias que acumulamos com o tempo? Será algo que fiz e Lilian não era capaz de colocar em palavras claras e específicas? 

Será que deveríamos acabar com tudo isso? Eu deveria deixar que Lilian voltasse a ser investigada por seus superiores?

Eu só não aguentava mais aquilo. A implicância, o nervoso que causamos um no outro. A falta de comunicação, o medo de palavras, a impassibilidade e frieza propositais... Estava insuportável.

—  Coloque as cartas na mesa, Lilian. É a única coisa que te peço.

Ela me encarava de uma maneira paradoxal: profunda, examinando meus olhos como se lesse minha alma; distante, como se procurasse por algo em sua própria mente enquanto só repousava seu olhar confuso em minha cara.

Ela travou o maxilar, respirando fundo enquanto piscava os olhos freneticamente, mostrando que havia voltado ao planeta Terra.

—  Eu estou aqui em missão, Barnes. —Lilian respondeu, depois do século de silêncio que deixou na sala.

—  Eu sei. Todos nós estamos. Nós somos soldados na droga de uma guerra, Johnson. —respondi, de maneira óbvia.

—  Não. Minha missão é... Diferente.

Lilian começou a me preocupar. Ela me examinava de maneira meticulosa enquanto eu me perdia, refletindo sobre sua resposta.

—  Diferente... Por que você é uma diplomata? -ela apenas negou com a cabeça, balançando-a de um lado a outro vagarosamente. — Diferente... Por quê... Você... Tem sentimentos? 

Ela franziu o cenho, cerrando os olhos com a minha indagação. 

—  Não seja burro, Bucky. Meu trabalho está acima de qualquer senso de existência que eu tenho sobre mim mesma. Imagine, eu, tendo sentimentos por... Pessoas!?

—  Você me pediu "por favor" para desistir de ser sargento. Armou para Phillips nos encontrar em sua sala e me rebaixar; fez uma cena na tenda e transou comigo só para tentar me fazer ficar menos bravo com você. Tudo isso, porque... Assumi um trabalho quase suicida, Lilian. Diga-me, que nome acha que isso tem? Batata? —enquanto eu falava e terminava de enumerar as recentes vezes que Lilian demonstrou o mínimo de sentimento para comigo, ela dava lentos passos para trás. Engoliu em seco, olhando um lugar qualquer da sala e buscando a superfície da mesa que havia atrás de si com as mãos. Comecei a me aproximar vagarosamente, vendo a mulher tão absorta em seus próprios pensamentos que nem notou minha movimentação. Foi quando eu estava quase colando em seu corpo que ela tomou um leve susto, colocando seus olhos verdes sobre os meus no mesmo momento de maneira instintiva. — Eu vou te ensinar, Lil. Sen. Ti. Men.Tos. — falei cada sílaba pausadamente, notando como era fácil ler tudo o que Lilian pensava pelas suas expressões. — Repita comigo, boneca. Você tem o que os humanos chamam de: sentimentos.

Lilian surtou.

Colocou suas mãos em meu peitoral, empurrando-me para trás em um ato tão cego que eu podia ver que estava dentro de sua própria bolha de surto.

Começou a balbuciar coisas que eram baixas demais para meu entendimento, andando de um lado a outro pela sala. Eu não sabia realmente o que fazer, vendo a impassibilidade de Lilian Johnson escorrendo pelo ralo por uma simples reflexão como somar 1+1.

Ela começou a gesticular, falando consigo mesma. Continuei parado, estático, esperando que palavras de verdade saíssem de sua boca.

Depois de um ou dois minutos minha preocupação começou a aumentar mais e mais e eu comecei a analisá-la com mais atenção.

E entendi que ela estava falando palavras de verdade o tempo todo.

Mas... Em alemão.


N/A: OI DEPOIS DE MIL ANOS

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N/A: OI DEPOIS DE MIL ANOS

to de férias da faculdade e quase férias do trabalho. falta pouco para eu poder me dedicar 100% à escrita e conseguir terminar essa fic com um final esplendoroso e doloroso.

é normal falar alemão durante um surto psicótico? o que ela tava falando de tão esquisito que teve que ser em uma língua que Bucky não entende? sei lá


Diplomacy {bucky barnes}Onde histórias criam vida. Descubra agora