MARCELO
Nunca estive tão sem controle quanto aquele momento. Já passei por muitas situações difíceis, algumas constrangedoras, mas ficar duro, trabalhando, essa eu nunca havia passado.
Obviamente que trabalhei sempre com muitos homens, operários, fiscais de obras, às vezes, uma ou outra engenheira e arquiteta, alguma secretaria, mas perder o controle do meu pau? Isso fazia parte da minha adolescência. Mas tudo estava correlacionado aos energéticos, ao texto erótico, a mulher bonita que é Eduarda.
Estava ali dentro mais de meia hora, lavando o rosto, respirando pesado e tentando pensar em algo para fazer aquele tremor passar.
— Marcelo? — Talita me chamou com preocupação. Que porra essa mulher está fazendo aqui? — Marcelo, você está bem?
— Sim, estou. Do que precisa? — Segurei firme a borda da pia, os pingos caindo do meu rosto.
— É que dentro de cinco minutos a redação vai fechar, mas se quiser continuar no prédio, preciso avisar ao vigilante.
— Diga que ficarei mais uma hora.
— Tem certeza? Estava pensado de conversa com você. Tem um lugar aqui perto e... aquela bebida que você gosta muito, eles fazem lá...
— Não, muito obrigada. Vou para minha sala.
— Ah! — Escutei um gemido cheio de decepção. — Tudo bem. Até amanhã então. Marcelo?
— Oi?!
— Até amanhã!
— Até amanhã!
Quando sinto que a louca saiu da porta, abro e verifico primeiro se não há ninguém no corredor. Parte da redação está com luzes apagadas e tudo vazio.
Abro a porta da sala onde estou e percebo que a luz foi diminuída, é quando esbarro em algo, me desequilibro e caio entre as pernas de alguém.
— Me solta seu tarado! — Uma mulher grita, batendo na minha cabeça com algo que acho ser um teclado de computador.
— Para! — Mas ela bate com mais força. Seguro firme suas mãos e nos encaramos. — Eduarda? O que ainda faz aqui?
— Senhor Marcelo? — Surpreendida ela demostrou constrangimento. — Meu santo das causas sem jeito! Mil desculpas, eu pensei que...
— Eu era um ladrão?
— Faria errado em pensar que sim?
Senti o corpo dela relaxar. Sentir o perfume gostoso que vinha dela, a voz suave que entrava em meus ouvidos como um canto provocantes, e porra, eu senti o quanto as coxas dela eram macias e quente como lambidas de fogo!
— Me desculpa, não quis acertá-lo — pediu com tanto carinho que quase precisei beijá-la para agradecer o pedido.
Estávamos no chão, eu sobre seu corpo, no meio de suas coxas, segurando os pulsos no alto da cabeça, e pior, com a porra do pau duro. E parece que quando ela percebeu, engoliu em seco, mexeu um pouco a virilha contra a minha e quase gemi por isso.