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DUDA

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DUDA

O dia havia chegado. Era sexta e eu estava sentindo azia. Com raiva desses sintomas de ansiedade e medo, tomei um banho.

Frank havia deixado de me procurar, o que tornava notório que ele caiu em si e percebeu que não adiantava mais chorar o leite derramado. Raramente lembro de algo bom quando estávamos juntos, vem mais a péssima experiência de ser traída.

Concentra-se Duda! Você vai aproveitar seu final de semana. Aproveitar o calor com um homem gostoso, se lambuzar dele se preciso e se não der certo depois.... paciência!

Admirando-me no espelho, fiquei orgulhosa da moça linda e aberta a uma aventura.

Marcelo estava atrasado. Eu havia comido dois abacates com creme de leite. E naquele instante andava pela casa roendo as unhas, verificando a tela do meu celular pela milésima vez.

Entrei no quarto ou faria um buraco na pequena sala. Fechei a porta e respirei fundo.

Olhei novamente o celular.

Ele desistiu. Sim, com toda certeza, ele desistiu e não sabe como me dizer isso.

Sentei-me na beirada da cama, olhando minhas bolsas prontas e cheias de coisas novas que comprei para estrear nessa viagem. Talvez eu devolva tudo, já que só tenho o hábito de tirar a etiqueta quando vou vestir.

Tinha feito as unhas no dia anterior, depois que saí do trabalho, depois que tentei falar com Marcelo, mas Talita bloqueou meu caminho e me encheu de coisas para fazer.

Ele não vem. Ele não vai vir.

Como fui burra de acreditar nesse fim de semana romântico? Que menina idiota me tornei. Mas um dia aprendo, sei que sim!

Depois de mais de duas horas esperando, enfim caí em mim e me levantei.

Peguei uma das bolsas e a coloquei sobre a cama, abri o zíper no intuito de tirar tudo, pôr em sacolas e na segunda ir atrás do prejuízo, devolvendo tudo para a loja.

— Duda! — Bruna gritou, quando estava prestes a derramar uma lágrima de decepção. Não respondi então ela insistiu. — Duda!

— Oi! — Gritei de volta.

— Marcelo chegou!

Meu coração deu uma pancada forte no peito, larguei tudo e saí do quarto tentando esconder a euforia em saber que ele havia lembrado, que ele estava ali para mim.

Quando Marcelo me viu, sorriu e disse:

— Pronta para a viagem?

Eu amo esse homem.

Corri até os braços dele e o abracei, jogando-me sobre seu corpo, ele me segurou firme, mas não me beijou.

Bruna limpou a garganta, só assim eu parei e sorri.

COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora