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DUDA

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DUDA

— Creme contra assadura? — Bruna indagou, perplexa.

Tinha acabado de acordar, Marcelo preparou café da manhã e no fim queria mais um pouquinho de sexo, disfarcei com um sexo oral. Depois fui tomar banho ele se vestiu, pediu licença para sair rapidinho porque precisava resolver uma questão, mas que voltava logo.

— Eu não coloquei na bolsa. — Vasculhava a mesma.

— Claro que não colocou, quem diabos colocaria creme de assadura como item para a primeira noite com um cara?

— Eu! Mas acho que só passou pelo meu pensamento. — Joguei tudo na cama, porque sou dessas, não tenho paciência.

— Mas voltando ao assunto — resmungou Bruna. — Quer dizer que ele andou lhe investigando antes de levar para sair?

— Ele fez por precaução, eu deveria ter feito o mesmo. Achei! Eu sabia que havia colocado na bolsa.

— Então tudo terminou bem.

— Estou de boa, sabe. — Sentei-me na cama, suspirando pela noite maravilhosa que tivemos. — Ele já sabe que não precisa se preocupar comigo. Que não sou uma menina má.

Tirei a toalha e fiquei de pé, com uma perna sobre a cama. Tirei um pouco de pomada e passei na minha menina assada.

— O que você está fazendo agora?

— Ah, nem queira saber! — Retruquei passando uma camada generosa de pomada.

— Ele é tão...?

— É! — Sorri feito boba.

Tampei a pomada e vesti um roupão.

— Ele pensa em cada detalhe, faz tudo ao seu tempo e sabe me mimar. Infelizmente eu disse não para o pedido de namoro dele.

— Tá tirando sarro da minha cara, né? — Bruna parecia irritada. — Ele te pediu em namoro?

Andei até a varanda e fiquei ali, olhando o mar calmo da Flórida.

— Mas dessa vez eu quero e preciso fazer diferente. — Fechei os olhos e lembrei como foi com Frank. — Aqui tudo é muito bonito, o isolamento em uma casa de praia com o corpo cheio de tesão faz a gente querer coisas que na rotina atribulada não cogitamos, então pedi mais um tempo. Pedi para nos envolver e ao longo dos dias eu iria me sentir bem e segura na rotina em que vivemos, não queria marcar esse paraíso com promessas que talvez não venham a ser cumpridas.

— Você ainda tem medo?

— Tenho. — Sentei-me em uma espreguiçadeira. — Eu tenho por que tudo está muito perfeito. Tirando o fato dele fuçar minha vida. Não há nada mais nada que eu deseje agora, apenas Marcelo, e isso está me assustando muito.

Com a demora de Marcelo, acabei fazendo uma caminhada na praia, em seguida outro banho para lavar meus cabelos e refrescar. Comi um lanche e voltei para o quarto, pegando no sono e descansando mais um pouco.

Quando acordei, escutei uma música leve no ar. Não era no quarto e não vinha de fora. Saí da cama e verifiquei as horas, estava próximo das duas da tarde.

Desci a escada e encontrei Marcelo, de óculos de grau, camiseta e bermuda, sentado em uma escrivaninha do canto da sala. Ele parecia muito concentrado então esperei que me notasse.

Quando me viu, abriu um sorriso enorme, fechando algo como uma agenda. Então andei rápido até chegar nele e sentei-me em seu colo para lhe dar um beijo daqueles!

— Quando cheguei você estava dormindo tão bem — ele disse, colocando meus cabelos bagunçados para atrás dos ombros. — Fiquei um tempo te olhando, depois tirei umas fotos suas...

— Quero ver!

— Te mostro depois.

Olhei para o lado e vi terno jogado no sofá.

— Você saiu de terno?

— Ah, sim... — Ele parecia incomodado com o fato de ter esquecido aquele detalhe. — Está gostando de ficar aqui?

Não senti algo bom nesse pequeno detalhe. Era domingo, e fazia muito calor lá fora. Marcelo havia me contado que iria resolver algo rápido. Talvez algum assunto sobre a casa, ou algum projeto dele, não quis interrogar sobre nada, ainda mais quando se tem negócios e fim de semana na mesma frase.

Eu queria só aproveitar o momento em paz, e como ele sabia que precisava de minha confiança plena e segurança entre nós, resolvi deixar a responsabilidade para ele.

— No caminho para casa, parei para comprar almoço.

— Onde está? Precisa que esquente?

Ele ficou pensando por alguns segundos. Senti Marcelo um pouco estranho, ele emanava algo diferente do Marcelo de ontem.

— Droga, deixei no banco de trás do carro. — Ele me tirou do seu colo e me sentou na cadeira dele. — Vou buscar e organizamos tudo para almoçar...

— Tudo bem. — Fiquei roendo a unha enquanto ele saía correndo para o lado de fora.

Virei meu rosto para o computador e vi apenas uma planilha com muitos números, ao lado siglas que não entendia. Comportei-me e não mexi em nada!

Mas então o diabo me cutucou, quando a tela do celular dele acendeu, meus olhos foram puxados para a mensagem estendida.

"Obrigada por ter me dado a oportunidade de falar com você. Sinal de que você ainda é o mesmo de quando nos conhecemos.

Joane."


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COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora