Sedução.

6.

DAY

Eu não perco um segundo e a puxo pros meus braços. Sua cabeça se aconchega no meu peito e minha bochecha se aperta contra sua testa.
Tenho certeza que ela pode ouvir meu coração que grita como um louco.
O choro dela se intensifica e ela aperta meu moletom com força.
- Calma. Vai ficar tudo bem... Eu tô aqui...
Dou leves beijos em sua cabeça. O cheiro frutado do seu cabelo me deixa tonta.
- Day, o que tá acontecendo com a gente? - ela diz entre soluços - minha vida tá de pernas pro ar... Eu nunca fui assim... A Fernanda...
Seu choro se intensifica. Nitidamente ela sente culpa. Eu deveria me sentir assim também, nessa intensidade. Mas com ela em meus braços eu não consigo sentir mais nada além do calor do corpo dela e a vontade de nunca mais soltá-la.
Eu levanto seu rosto com meus dedos em seu queixo.
Nós nos olhamos em silêncio. Eu passo as costas da minha mão em seu rosto fazendo carinho e vou até seus cachos.
Como eu queria afagar esses cachos, puta que pariu!
Ela fecha os olhos pra sentir o meu toque. Meu coração parece entrar em colapso.
- Eu não sei o que tá acontecendo com a gente. Mas eu sei que eu quero você. Bem aqui. Nos meus braços.
Digo isso puxando o resto do seu corpo pra deitar no meio de minhas pernas, assim eu posso abraçá-la com todo o meu corpo.
Algo sai errado e, de repente, ela está totalmente em cima de mim.
Ela fecha os olhos e geme.
Eu já não respondo mais por mim, seguro forte em sua cintura colando nossos sexos. Ela tenta se levanta, eu vou junto e acabamos sentadas na cama, ela em cima de mim com uma perna de cada lado do meu corpo.
- Day, me solta... Pelo amor de Deus...
Eu a seguro mais, meu braço esquerdo está ao redor de sua cintura a segurando com força enquanto minha mão direita está em sua nuca. Eu puxo um pouco seus cabelos de leve na tentativa não deixá-la escapar de mim.
Ela geme.
- Carol! Para! - ela para e me olha assustada. - nós já estamos fazendo isso! A gente já fez sonhando, a gente já fez imaginando, a gente tá fazendo o tempo todo! Já tá errado!
- Co-como assim a gente já... Já... Já fez dormindo e imaginando?
Eu e minha boca grande!
Desvio o olhar dela e afrouxo sua cintura.
- Na primeira noite eu sonhei com você, ontem você sonhou comigo, não foi?
Ela fica vermelha na hora.
- Como... Como você sabe? - sua voz quase não sai de vergonha.
- Você tava gemendo chamando meu nome, Caroline.
Seus olhos quase saem da órbita de desespero.
- Mas, mas... Como assim imaginando?
- Não sou de ferro, tá? Eu acordo com você gemendo me chamando e não posso te tocar, mas eu posso me tocar, e toquei. Foda-se!
Pro meu espanto, ela morde os lábios, seu corpo parece ter perdido a força e ela deixa sua cabeça cair no meu ombro.
Com a boca no meu moletom ela diz:
- Eu também.
Meu corpo gela.
- Você também o que?
- Acordei do sonho passando mal e tive que bater uma... - ela aperta a cara no meu moletom como se nunca mais fosse me olhar de novo.
É demais pra mim. Estou tão molhada que temo que eu esteja molhando o lençol da cama, atravessando minha calcinha e minha calça.
Meu tesão é tão grande em imaginar essa mulher se tocando pensando em mim... Eu apenas a abraço apertado, vou com meu nariz até sua orelha e a cheiro.
Ela geme forte e levanta a cabeça, ainda à minhas costas, o que faz com que seus seios colem nos meus.
Que delícia!
Eu falo no pé do seu ouvido:
- Eu quero você, Caroline. Eu quero você agora... - minha voz sai como um gemido.
O corpo dela responde e se esfrega no meu. - Day... Não posso trair a Fernanda, ela não merece... Por favor, me ajuda! Pensa na sua namorada!
Meu peito se rasga no meio. Isadora... Ela também não merece.
Carol consegue domar meus instintos. Ela começa a sair dos meus braços e eu deixo. Ela está certa. Nossas namoradas não merecem isso.

CAROL

Eu deito ao lado dela e só consigo me concentrar em respirar. O contato com ela parece uma droga da qual eu estava alucinadamente viciada.
Eu me viro pra ela.
- Vem cá. Vira aqui. Mas fica longe. Fica aí.
Ela me obedece.
Eu então levanto um pouco da minha camiseta mostrando um pedaço da minha barriga. Ela me olha como se fosse me devorar inteira.
Com a ponta dos dedos, devagar, eu enfio minha mão dentro da minha calça.
- Carol, o que...
- Shhh...
Assim que passo meu dedo pelo meu clitóris eu fecho os olhos, abro um pouco a boca e dou uma gemida.
Quando abro os olhos Dayane me encara assustada, sua respiração estava bizarra e te ofegante como se ela tivesse corrido uma maratona.
- Você já fez e eu também. Já traimos assim, a merda tá feita. Eu não toco em você e nem você em mim, mas podemos fazer isso sem segredo.
Imadiatamenre ela levanta seu moletom e enfia sua mão em sua calça.
Ela geme meu nome.
- Carol... Eu quero você...
- Eu também quero você, Dayane. Diz pra mim o que você quer fazer comigo, diz... - eu imploro numa voz rouca.
Ela geme alto.
- Eu quero foder você... Quero foder você agora.
Meu coração para de bater por um instante e volta a bater doído.
- Como você quer me foder? - minha voz está cada vez mais fraca, quase virando apenas um gemido.
- Eu quero subir em você, olhar nos teus olhos enquanto entro em você...
- Aí, Day... Você quer enfiar em mim?
Ela geme muito.
- Sim... Quero demais entrar em você. Eu preciso te comer, Caroline. Me deixa chegar perto.
- Não... Mas eu queria muito sentir você entrando em mim. Você não tem ideia da vontade que eu tô de dar pra você agora...
- Então da pra mim... Me deixa te comer... Eu preciso te comer, Carol...
- Eu preciso gozar pra você, eu preciso que você goze pra mim... Eu quero ver a sua cara quando você gozar por minha causa, Dayane...
Nós já não temos mais voz. São só gemidos entrecortados e roucos.
- Me deixa ver você... - ela me pede. Sei que não devo, mas meu tesão é tão grande que eu não penso muito e baixo minha calça mostrando meu sexo encharcado.
- Puta que pariu, Caroline! Eu quero te chupar AGORA!
Ela vem pra perto de mim, eu a paro.
Ficamos milímetros de distância. Nossas bocas estão tão próximas que respiramos o mesmo ar.
- Goza pra mim que eu vou gozar pra você. - eu falo num sussurro quase inaudível.
- Carol...
- Day...
Nós duas gozamos juntas.