8.

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DAY

Chego em casa acabada. Isa me espera com um sorriso.
- Bê! Que saudade!
Ela me beija na boca.
Eu tento dar um sorriso.
- Oi, bê...
- Ei, o que foi? Aconteceu alguma coisa?
- Eu tô bem cansada. Foram dias intensos. A viagem tava ruim, muita turbulência. Preciso descansar.
Deito na cama e pego meu celular, abro o Instagram e dou de cara com um storie de Carol com Fernanda almoçando com vinho e tudo.
Que otimo...
Meu coração se parte ao meio, mas a raiva consegue ser maior que a tristeza. O ciúme é enlouquecedor.
Imediatamente eu me levanto e começo a me arrumar.
- Ei, cê vai pra uma festa quando pegar no sono?
Eu tento sorrir, mas não tenho um pingo de humor dentro de mim nesse momento.
- Se arruma que a gente vai sair, Isa.
Ela, sem entender nada, começa a se arrumar comigo.

No restaurante eu peço um vinho também. Pode parecer idiota. Eu mesma me sinto uma idiota, mas além de me sentir vingada, é como se de alguma forma bem doida eu estivesse partilhando algo com ela ainda.
Abro o Instagram novamente e a primeira foto do meu feed é delas. Fernanda sorri pra câmera enquanto Carol está ao redor do seu pescoço enquanto a beija no rosto.
O ciúme me domina completamente. Fecho os olhos.
- Bê, que foi? Tá se sentindo bem?
- Mais ou menos. Vô no banheiro.

No banheiro eu fecho a porta e sento na tampa do vaso. Apoio meus cotovelos nos meus joelhos e meu rosto em minhas mãos. Esfregão os olhos repetidamente.
Não consigo controlar o meu ciúme. Ele está me corroendo por dentro.
Penso nela sorrindo pra mim, penso nela dormindo gemendo meu nome, na sua gargalhada gostosa, na cena dela gozando.
Puta que pariu! A cena dela gozando...
Isso fica na minha cabeça num looping e, apesar da raiva, sinto minha calcinha molhar. Meu sexo pulsa de tesão.
- Day? Tá tudo bem aí?
Isa me chama do outro lado da porta.
Eu me levanto, abro e a puxo pra dentro.
- Day, cê tá... - eu calo sua boca com a minha. A seguro pela cintura e vou encostando seu corpo na pia.
- Day... Que isso?
- Tira a calça. - eu ordeno.
- Mas, amor... Aqui?
- Tira essa merda de calça, Isadora! Eu vou comer você aqui. Agora.
Minhas palavras fazem seu corpo tremer. Ela me obedece e tira sua calça ficando só de calcinha.
Eu a beijo com vontade enquanto aperto sua bunda. Logo eu a viro de costas pra mim. Nós encaramos o espelho. Isadora já está totalmente entregue a mim. Meu tesão acumulado desses dias vem à tona.
Eu fico de joelhos, abro suas pernas e a chupo. Ela esfrega a bunda na minha cara e rebola enquanto geme.
Eu subo novamente e puxo seu cabelo, trazendo sua cabeça um pouco pra trás.
- Day... De onde saiu esse fogo?
- Shhh, só diz que você quer que eu te foda agora. Diz que eu preciso ouvir isso...
Peço pra ela me falar as coisas que Caroline calou. Tudo que preciso ouvir e sentir...
- Day, me fode... Me fode agora...
Ainda olhando pra ela através do espelho eu enfio dois dedos dentro dela.
Seu corpo responde com um tremor.
Eu a fodo enquanto a gente se olha através do espelho, enfio tão forte que vejo seus seios balançando na blusa. Que tesão!
- Isa... - eu gemo seu nome prestando atenção pra não chamar por Carol.
- Isa, que gostoso! Eu precisava tanto entrar em você!
- Ahhh assim você acaba comigo, Day... Me faz gozar, por favor... - ela suplica baixinho.
Eu soco com mais força e mais rápido, com a outra mão eu tampo sua boca porque ela geme alto demais.
Vejo em seus olhos e na testa franzida que ela vai gozar. Capricho nas estocadas até que ela se debruça na pia e seu corpo desce.
Imediatamente eu a induzo a ficar de joelhos, abaixo minhas calças.
- Chupa. Cê não tem noção do quanto eu preciso gozar na sua boca, Isadora.
Ela me abocanha.
Meu corpo estremece.
Mantenho meus olhos abertos olhando pra ela que me olha de volta, pra não correr o risco de ver Carol.
- Ai, Isa... Eu adoro quando você me olha enquanto me Chupa. Me da um tesão da porra. Isso... Olha pra mim enquanto eu gozo na sua boca.
Ela geme no meu sexo.
Segura no meu quadril e me engole inteira.
- Isa, eu vou gozar... Me faz gozar... Ahhhh!
Fecho meus olhos na hora do orgasmo e Carol me invade. Ela toma conta de todo o meu ser. Uma vontade de chorar bate forte. Eu seguro. Isa não merece...

CAROL

Vejo que Day viu meu storie, deve ter visto a foto também. Espero que isso ajude pra que ela se mantenha longe. Eu preciso que ela acredite que eu não quero, pra ver se ela me dá espaço pra que eu consiga realmente não querer.
Fernanda sabe que há algo errado. Fingi estar como não estou pra tirar aquelas duas fotos e voltei a ser o corpo vazio e ausente que voltou de Curitiba.

Em casa eu vou me deitar. Ela vem atrás de mim e me abraça em conchinha. Tento não pensar nela... Mas é tão difícil! Depois de sentir seus braços ao redor da minha cintura, parece que meu corpo só reconhece o toque dela agora. Que coisa louca.
Eu só posso estar ficando louca...
Nada faz sentido, mas eu sinto como se eu não pertencesse mais à Fernanda... Tudo em mim chama desesperadamente por aquela mulher. E eu não faço a menor ideia de como eu vou resolver isso...
A imagem do sorriso dela está de papel de parede na minha cabeça. Seus olhos que brilham tanto, seus gemidos... Meu corpo estremece ao lembrar disso... Com essa imagem me vem também a expressão dela gozando. Gozando pra mim.
Meu Deus, Dayane... O que é que cê tem?!
Minha calcinha já está molhadissima e Day continua com a mão dentro da calça dizendo que quer me foder... Eu quase gemo quando lembro disso...
Eu me viro na cama e Fernanda vira junto. Eu subo em seu colo e tiro minha blusa.
- Que isso, amor? - ela me olha espantada.
- Eu quero que você me possua agora mesmo.
Fernanda se assusta mas gosta. Na hora ela já está tirando a minha calça e me colocando em cima de seu sexo.
Eu apoio a testa no ombro dela.
- Vai, Fê... Me faz sua, por favor...
Fernanda entra em mim e meu gemido é alto demais.
- Amor, tá tudo bem? Te machuquei?
Sem tirar minha cabeça de seu ombro eu respondo:
- Não, Fê... Tá tudo bem, só continua, eu preciso disso...
Fernanda começa a enfiar lento e forte fazendo meu corpo se erguer um pouco a cada vez que ela chega no fundo. Ficamos em uma dança ritmada, eu agarro em seus ombros e tudo que eu faço é tentar segurar o choro.
Essa, com certeza, é a pior traição que eu posso cometer. Transar com ela pensando em outra....
Era Dayane que eu queria dentro de mim. Era ela que eu queria ouvir dizer meu nome, era. Ela que eu queria olhar, era seu cheiro e seu toque...
Na hora de gozar eu sinto medo, medo de chamar seu nome, medo de cair no choro, medo de encarar Fernanda.
Então eu gozo e permaneço agarrada a ela. Que afaga meus cabelos com a mão esquerda.
O vazio dentro de mim faz até barulho...

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