14.

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DAY

Não acredito que depois de tudo isso que vivemos e de ter falado que estou me separando ela tem a moral de dizer só que sente muito...
Puta que pariu!
Uma raiva muito grande queima no meu estômago, mas ela não chega aos pés da tristeza que aperta meu peito. Eu realmente pensei que depois dessa noite ela não iria mais conseguir fugir de mim...
Não é possível que ela ame a Fernanda tanto assim... Ela não é uma mulher sem caráter que trai a mulher que promete fidelidade com qualquer uma... Eu não sou qualquer uma e ela não ama a Fernanda tanto assim. É isso. Só pode ser isso.
Mas então por que diabos ela não cede?!

Meus pensamentos estão à mil, o sofá que Isadora fez questão de me deixar dormir é duro feito uma rocha e minhas costelas dançam em cima da madeira. Eu provavelmente vou acordar com algum roxo.
Mesmo se eu estivesse deitada no melhor sofá do mundo essa noite eu estaria me sentindo assim, como se estivesse deitada sobre um milhão de facas...
Ahhh, Caroline... O que é que cê tem, mulher?!
Isso não pode ficar assim... Minha vontade é ir até a casa dela agora mesmo! Não quero esperar até amanhecer, não quero esperar nem mais um minuto!
É isso. Eu vou lá!

Me levanto, pego as chaves do carro, visto minha jaqueta e saio pela porta apressada. Meu coração já está na boca.
No caminho eu penso sobre o que vou dizer...
O que eu vou dizer?
Vou dizer o que eu sinto! Vou dizer o que eu acho que está acontecendo comigo e com ela. Vou só... Vou só... Vou falar tudo que eu puder pra arrancar de vez esse engasgo na minha garganta!
Paro o carro em frente a sua casa e mando uma mensagem pra ela.
"Tá acordada? Preciso falar com você e tem que ser agora".
Ela visualiza mas ignora.
Eu insisto.
"Caroline, não me faça te ligar".
Ela faz o mesmo.
Então eu ligo.
Ela não me atende.
Mas que merda, Caroline! Porra!
"Não me faça buzinar e acordar a sua namorada".
Ela visualiza e continua online, olho pra cortina da sala e vejo seu rosto.
Mensagem dela.
"Day, porra, cê tá louca? Ficou doida? Cacete! Vai embora, por favor".
"Não saio daqui sem falar com você, Caroline".
"Merda, Dayane! Vou por uma roupa e já saio, mas tem que ser rápido!"

Dois minutos depois sai uma Caroline de dentro da casa enroscada num casaco de lã enorme que mais parecia ser de alguém com o dobro do tamanho dela.
Ela encosta no meu vidro.
- Entra.
- Não. Tá louca? Se a Fernanda...
Eu a interrompo.
- Carol, tá frio pra cacete, entra no carro, não vou demorar, prometo.
Ela revira os olhos mas dá a volta no carro e entra.
Olho pra ela e ela está tremendo.
- Tá tremendo de frio ou tá nervosa?
Provoco.
Ela faz uma careta.
- Os dois, Dayane. Se a Fernanda acorda e me vê aqui... Sei nem o que eu digo...
- Escuta.
Eu chego perto dela e seguro firme em seu queixo.
Ela tenta falar mas eu a interrompo.
- Deixa eu falar!
Ela me olha um pouco assustada pelo meu tom firme mas fica atenta.
- Caroline... O que temos aqui é o que pra você? Porque pra mim isso aqui é maior que só uma atração, uma química. Eu tô apaixonada, eu tô louca por você, eu tô enlouquecendo real por tua causa, mulher! E eu sei que você sente o mesmo!
Os olhos dela ficam marejados enquanto encaram os meus.
- Eu quero saber o motivo!
- Motivo do que, Day?
- De você não me querer o suficiente pra ficar comigo!
Ela abaixa a cabeça e chora.
Lá vai me coração escorrendo pelo chão do carro como se fosse uma gosma idiota que não consegue ter seu orgulho de pé.
Eu amanso minha voz.
- Carol... Por que? Eu preciso saber, porque eu quero largar tudo pra ficar com você, pra viver isso aqui...
Ela, de repente, levanta a cabeça e me olha já com o nariz vermelho.
- Porque eu não tenho certeza se é você quem eu quero.
Aquilo me acerta com força.

- Mentira.
Ela me olha ofendida.
- Você tá mentindo.
- Não, eu não tô. É você que não suporta ouvir a verdade.
Meus olhos faíscam.
Isso não pode ser verdade!
- Sua boca diz uma coisa mas o seu corpo diz outra. Você tá aqui completamente entregue pra mim. Se eu tocar em você eu te faço minha agora mesmo.
Os olhos dela se arregalam e ela encosta sua mão direita na maçaneta do carro.
- Você não pode fazer isso... Eu não te dou esse direito, Dayane.
Eu chego mais perto.
- Fala olhando no meu olho, Caroline. Diz assim, bem perto, que você não me quer o suficiente.
Eu chego muito perto e escuto ela apertar a maçaneta.
- Dayane, por favor...
- Caroline, fala porra! Se é verdade diz! É só dizer, caralho!
Ela chora enquanto olha dos meus olhos pra minha boca, sinto sua respiração ficar ofegante, o vidro do carro começa a embaçar.
- Diz pra mim, Carol... Porque eu olho pra você e só consigo enxergar a mulher que eu mais desejo no mundo...
Eu seguro em seu queixo e me aproximo.
Ela tenta se afastar mas assim que meus lábios tocam os dela ela geme.
Ela é minha.

Eu já não lembro mais que estamos correndo perigo, apenas puxo Carol pela nuca e a beijo.
Em meio minuto Carol está no meu colo.
- Caroline... Ahh!
Ela esfrega seu sexo no meu num ritmo intenso e lento, eu tiro o casaco grande que a cobre e vejo que ela está de camisola.
Meu corpo grita.
Que sexy!
Enquanto percorro minhas mãos por todo seu corpo macio e quente eu vou a loucura!
Ela beija meu pescoço e morde minha orelha, eu já nem sei mais quem eu sou nesse momento.
- Caroline... Você me deixa louca...
Ela vem no meu ouvido e quase me mata.
- Eu quero você, Dayane... Quero você dentro de mim... Entra e não sai nunca mais... Eu quero você, quero você...
Tento segurar o meu espírito que pensa em abandonar meu corpo depois de ouvir isso, meu corpo treme, essa mulher não é normal...
Eu ponho minha mão direita entre suas pernas e me deparo com o que já foi uma calcinha um dia, eu a tiro do meu caminho e passo a ponta dos meus dedos em seu clitóris fazendo ela gemer mais em meu ouvido.
- Enfia...
A voz dela sai fraca como uma súplica de alguém que não tem mais forças.
Eu a penetro com dois dedos. Seu corpo reage imediatamente subindo no meu até eu atingir o fundo.
Eu tiro tudo e ponho no fundo de novo. Ela geme mais.
- Dayane... Ahh!
Eu então apenas paro de me mover e deixo que seu corpo cadencie os movimentos.
Ela então sobe e desce me enterrando dentro dela, com o polegar eu a masturbo toda vez que ela desce e se esfrega um pouco mais forte engolindo meus dedos.
Meu tesão é tão intenso que eu suo, no meio de uma madrugada de inverno de São Paulo eu suo.

Ela segura em meus ombros e me arranha com força.
Eu amo.
Minha mão esquerda faz moradia em sua bunda e a ajuda a fazer os movimentos.
Carol está tão molhada que encharca minha mão inteira.
Que delícia saber que eu faço isso com ela!
É demais pensar que estou comendo ela dentro do meu carro estacionado na frente da casa dela com a mulher dela dormindo.
Me sinto triunfante, mesmo sabendo que é errado, Fernanda é minha rival agora. É tudo que me impede de ter Caroline pra mim.
Meus pensamentos cessam assim que ela fala novamente no meu ouvido.
- Day, me fode gostoso.
Eu mal consigo saber como respirar ao ouvir isso enquanto estou dentro dessa mulher...
Eu apenas começo a socar fundo e forte dentro dela fazendo ela gemer como uma gata no cio.
É um instinto completamente animal que temos uma com a outra. Não dá pra explicar esse amor.
- Carol, você me mata...
- Day, porra... Isso! Fode... Vai!
Eu soco com toda a vontade do mundo enquanto a olho nos olhos, sua testa escorre na minha.
Que tesão!
- Vou gozar, Dayane... Fode bem gostoso! Acaba comigo...
Nessa altura eu estou a ponto de gozar também, só de vê-la e ouvi-la.
Seu corpo da sinais de que está chegando ao ápice do prazer, sua testa está franzida e sua boca entreaberta, ela geme meu nome como se fosse a única palavra que ela sabe pronunciar.
Ela cavalga em mim como uma amazona, eu mal consigo acreditar no quanto é sensacional ver a mulher que eu amo sentindo tanto prazer de estar em cima de mim.
- Day! Vou gozar!
Ao ouvir isso meu corpo entra em colapso e sem saber de onde vem eu gozo junto com ela. Nossos corpos se apertam enquanto tremem descontrolados num orgasmo profundamente compartilhado.
Ela me abraça e nossa respiração ofegante se confunde.
É assim que eu quero passar o resto da minha vida. Eu não tenho dúvida.

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