- Não dê moral - falei e caminhei para longe, podendo sentir seu olhar queimando minhas costas. As horas pareciam se arrastar e quase chorei de emoção quando o relógio bateu 18:00 e eu pude pegar minhas coisas e ir embora. Hoje não havia sido um bom dia para mim.
Estava exausta quando cheguei em casa e me joguei no sofá, fechando os olhos e apreciando o silêncio. Silêncio? Onde diabos estava todo mundo e com todo mundo quero dizer minha mãe e Brendon. Fiquei ali sentada por mais alguns instantes antes de subir para o quarto, enchi a banheira e gemi baixo quando afundei meu corpo cansado na água quente; a banheira era grande e confortável, me lavei e encostei a cabeça na beirada, fechando os olhos por um instante.
Me sequei rapidamente, vesti um pijama e deitei na cama. Devo ter cochilado por um instante, pois despertei quando um par de mãos grandes tocaram meus ombros, massageando-os; mantive os olhos fechados, apreciando a bem-vinda massagem. Senti lábios quentes encontrando meu pescoço e uma língua tocando o lóbulo da minha orelha.
Ele beijou minha nuca, fazendo com que todos os meus pelos se arrepiassem, e virou meu rosto para capturar minha boca com a sua; suas mãos tocaram meus seios e provocaram os mamilos até que eu estivesse quase implorando para que ele me tomasse. Eu nunca me sentia tão bem quanto quando eu estava nos braços de Arthur.
- Como foi seu dia? - perguntou. Ele estava deitado no meu colo enquanto eu acariciava seus cabelos macios.
- Estressante - falei, encostando nos travesseiros e suspirando - e o seu?
- Como qualquer outro dia na empresa - falou e passou um braço ao redor da minha cintura, enterrando a cabeça na minha barriga e fechou seus lindos olhos topázio.
Fiquei o observando enquanto sua respiração começava a se estabilizar e Arthur caía em um sono profundo. Como ele conseguia ser tão bonito? Eu queria tranca-lo nesse quarto para sempre para não ter que dividi-lo com o resto do mundo. Que pensamento egoísta, eu sei, mas eu não poderia me ajudar. Estávamos nos dando super bem e tudo mais, porém, o que Arthur verdadeiramente sentia por mim? A pergunta apenas pairou no ar.
⚈⚈⚈⚈
- Sabe, estou casada, não morta - Anne brigou comigo quando telefonei para ela na manhã seguinte - obrigada por ter se lembrado de mim.
- Ei, existe telefone na minha casa também, biscate - resmunguei e ela suspirou.
- Sinto muito, eu estou apenas surtando com tudo aqui - ela respondeu, sem ânimo.
- Quer conversar sobre isso? - questionei.
- Não por aqui.
- Posso ir na sua casa depois que sair do serviço.
- Tudo bem, irei espera-la então.
Coloquei o telefone no gancho e mordisquei o lábio inferior, pensativa. Anne parecia um pouco tensa ou talvez estressada, o que não era muito incomum para ela, já que ela era naturalmente irritada (qual é, a garota tinha 1,60 m e como dizem: mulher baixinha é piolho de galinha); entretanto, seu tom me deixou um pouco preocupada e eu estava torcendo para que não fosse nada grave.
Às 18:00 em ponto, eu estava caminhando para o meu carro quando avistei um homem caminhando em minha direção, vindo pela calçada, com seu balanço ridiculamente sexy de sempre. O quê? O que diabos eu estava pensando? Ele estampou um sorriso, expondo seus dentes brancos estilo garoto propaganda de creme dental.
- Boa tarde, Lidity - falou, sua voz profunda ecoando até mesmo no espaço aberto.
- Boa tarde, Cal - sorri largamente, não conseguindo me conter.
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ღ Conquistando um Sullivan
RomanceSegundo livro da série Irmãos Sullivans Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan ent...