- Eu não espero que me perdoe agora, apenas estou pedindo que volte para casa e me deixe tentar melhorar as coisas - funguei e passei a mão em meu rosto banhado em lágrimas - eu sinto sua falta e Brend também.
Olhei para minhas mãos no meu colo e ouvi seus passos enquanto Arthur se aproximava; ele tocou em meu queixo e ergueu minha cabeça até que eu estava olhando em suas profundezas cor topázio.
- Eu odeio vê-la chorar - murmurou e passou o polegar em minha bochecha, secando a lágrima que escorria ali - O que tivemos foi incrível, mas não sei se somos compatíveis - ele disse e fechei os olhos, tentando segurar as lágrimas. Sem responder nada, respirei profundamente, me levantei e o contornei, caminhando em direção à porta.
- Lídia - ele falou e eu me virei para olha-lo - eu sinto muito - voltei a caminhar e quando alcancei a maçaneta, ao invés de torcê-la e apenas ir embora, desci minha mão e girei a chave. Voltei-me e Arthur me olhava com curiosidade brilhando em suas profundezas azuis, acompanhando-me em cada passo que eu dava; eu o alcancei e o empurrei sentado na cadeira onde eu estava há pouco.
- O que está fazendo? - Art perguntou e eu coloquei minhas mãos nos braços da cadeira e me inclinei até que nossos rostos estivessem separados por apenas alguns centímetros.
- Estou mostrando que está enganado - murmurei e me aproximei um pouco mais, nossa respiração se tornando uma só - nós somos mais do que compatíveis.
Eu só sabia que o amava e não ia perde-lo por uma bobeira minha, eu ia lutar com unhas e dentes para te-lo de volta. Fechei o espaço entre nós e beijei seus lábios; eram generosos e macios sob os meus, Arthur abriu a boca e me deixou explorar cada canto dela.
Coloquei minha língua para dentro e senti a sua, adorando a sensação, seu gosto, gemi baixo e me sentei em seu colo, enrolando meus braços ao redor do seu pescoço. Seus braços inertes ao lado do seu corpo finalmente ganharam vida e rodearam minha cintura, me puxando para mais perto.
- Lídia, pare - ele separou a boca da minha, respirando com dificuldade.
Sem dar ouvidos para ele, movi minha boca para seu pescoço, que por sinal estava com um cheiro delicioso e eu só queria afundar meu nariz ali e nunca sair, e minhas mãos correram para os botões de sua camisa.
- Lídia - ele falou com uma voz rouca, mas não me parou.
- Por favor - implorei.
- Acha que apenas me pedindo assim eu vou mudar de ideia? - perguntou e mordi o lábio.
- Eu... - falei e desviei o olhar. Seu dedo empurrou meu queixo para cima, para encara-lo.
- O que é que você tem de diferente das outras mulheres?
- Eu não sei - falei e me arrependi de não ter apenas saído dali com o rabo entre as pernas.
- Nem eu - sussurrou e me puxou para mais perto, me abraçando - mas eu pretendo passar o resto da minha vida descobrindo. Sei que eu também errei e se disse que não tem nada com Caleb, eu acredito em você. Apenas... não traia a minha confiança.
- Nunca faria isso, eu não o traí, Arthur - apertei meus braços em seu pescoço e fechei os olhos, tentando segurar as lágrimas que voltaram com força total, não sabia se era de felicidade ou alivio - Eu te amo.
- Eu te amo - ele sussurrou.
- Você vai voltar para casa? - perguntei, esperançosamente.
- Sim - falou e sorriu de lado de um modo lindo - podemos terminar essa conversa em casa - eu sabia o que ele quis dizer com conversa, mas eu não estava a fim de esperar.
- Ou podemos terminar aqui - falei e ataquei sua boca novamente.
Primeiramente, pensei em apenas agarrar sua camisa e abri-la em um puxão, mas me lembrei rapidamente que estávamos em seu escritório e que ele continuaria aqui; então, passei cada botão por sua casa até que pude sentir sua pele quente sob minhas palmas. Arthur praticamente ronronou e puxou minha camiseta por minha cabeça, espalhou as coisas que estavam sobre sua mesa e me deitou gentilmente sobre a madeira fria. Nossas roupas se foram sem demora e eu sabia que sua necessidade estava beirando a minha. Quando senti seu membro rígido friccionando em minha entrada, achatei minhas mãos em seu peito.
- Arthur?
- Sim? - ele começou a entrar em mim, mas eu o empurrei levemente. Ele me olhou com o cenho franzido e eu lambi meus lábios.
- Você estava se encontrando com Beatriz? - cuspi as palavras, eu apenas precisava saber.
- Não - respondeu, firmemente.
- E depois que terminamos?
- Não. Eu não estou interessado nela, Lidy - ele disse e eu suspirei aliviada.
- Obrigada - falei e o puxei para mais perto.
- Sem discussões ou mais perguntas? - ele parecia surpreso.
- Apenas me beije - e foi exatamente o que ele fez antes de entrar em mim.
Suguei uma respiração, a sensação dele me preenchendo era como estar no paraíso, seus quadris se moviam com destreza e habilidade encontrando os meus, ele se moveu e alcançou um ângulo que mexeu com todos os meus nervos; sua boca estava feroz sobre a minha, tentando abafar os meus gemidos, que teriam ficado cada vez mais altos quando o clímax me atingiu com força.
Minhas pernas estavam moles como gelatinas, minha respiração irregular e Arthur havia caído sobre mim quando ele encontrou a própria libertação. Apesar do seu corpo enorme estar me esmagando, eu o agarrei com todas as minhas forças, determinada a nunca mais deixa-lo ir.
- Você não vai me deixar de novo - falei, fazendo um ponto.
- Eu não seria louco. Eu senti tanto a sua falta - ele se levantou, jogando-se em sua cadeira e me levando junto para seu colo.
- Acho que me apaixonei desde o momento em que te vi em São Francisco - murmurei, tocando levemente em sua bochecha.
- Posso dizer o mesmo - Arthur selou nossos lábios laconicamente - eu fiquei louco quando descobri que havia ido embora e não deixou nenhuma pista de onde estava.
- Não devemos pensar mais nisso, meu amor - falei - e acho que é melhor eu ir, já devem estar pensando coisas.
- E sua aparência desmanzelada não diz o contrário - ele riu e era ótimo ouvi-lo.
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ღ Conquistando um Sullivan
RomanceSegundo livro da série Irmãos Sullivans Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan ent...