Desgrudei a cabeça da poltrona e olhei para fora da pequena janela do avião. Aqui estávamos novamente, na famosa "Big Apple"; confesso que agora admirando a cidade ali do alto, senti falta da grande e barulhenta Nova Iorque. Suspirando, passei uma mão nos cabelos loiros do garoto que estava com a cabeça encostada no meu ombro e virando o rosto, dei-lhe um beijo na testa, pegando um vislumbre do homem que estava sentado ao seu lado, na poltrona do corredor.
Quando voltamos da Itália, passamos na Alemanha para buscar Brendon que havia ficado com a avó e os tios, em seguida, nos direcionamos para Wisconsin para buscar nossas coisas e partimos para NYC. Quando buscamos Brendon, o garoto estava em êxtase por ter conhecido a família de seu pai e tagarelou sobre todas as coisas que haviam feito na Alemanha, entretanto, a relação pai e filho ainda estava desconfortável. Brendon não sabia direito como agir perto de Arthur e Arthur, pela primeira vez, não sabia o que dizer para o menino.
O avião pousou e logo estávamos em um táxi a caminho da nova casa que Arthur havia comprado perto do centro da cidade. O automóvel amarelo parou, indicando que havíamos alcançado nosso destino, o homem sentado ao meu lado pagou o motorista e saiu do carro; pegamos nossas malas e me virei para o alto portão da casa.
- Papagaio - sussurrei, meu queixo caindo. A casa era absolutamente linda.
- Papagaio - ouvi Brendon murmurar também e se agarrar as grades, quase enfiando a cabeça entre elas.
Art tirou uma chave do bolso de sua calça, colocou-a na fechadura e abriu o portão pequeno, entramos e tudo parecia ainda mais bonito de perto. O jardim era enorme, as árvores e a grama espetacularmente verdes, lembrando-me da natureza que encontramos em Florença; flores em tons de roxo, rosa e vermelho e uma piscina mais afastada. As paredes do lado de fora da casa eram de um amarelo pálido, com grandes janelas e portas brancas; era uma casa realmente linda.
- Você gostou? - Arthur perguntou atrás de mim e quando olhei para ele, percebi que realmente ele quis perguntar isso, que minha opinião era importante.
- Sim, é incrível - sorri e ele me retribuiu antes de pegar outra chave e enfiar na fechadura da porta principal.
- Entre - ele disse e girei a maçaneta, empurrando a porta.
- Olha só quem resolveu aparecer - uma voz grossa disse e virei meu olhar para um canto da ampla sala meticulosamente organizada, todos os móveis em tons neutros, mas sofisticados.
- Não acredito - falei com um sorriso no rosto. Ali, sentados no sofá negro, estavam as pessoas mais importantes da minha vida, Anne, Nick, Vic e meu amigo Gabriel que eu não via há tanto tempo.
- Oh, cara.
Corri até eles e envolvi cada um em um apertado abraço de urso. Como eu sentia falta disso tudo.
⚈⚈⚈⚈
- Agora vamos, conte-nos tudo - Gabriel disse, deitado na cama e com os pés levantados na cabeceira - não me esconda nada, quero saber todos os detalhes sórdidos.
- Sim, como foi sua lua-de-mel? - perguntou Anne, posicionando-se ao lado de Gabe na grande cama de casal, ficando de bruços e o queixo nas mãos.
- E o que precisa ser dito? Você deu uma boa olhada no marido dela? - Gabriel arqueou uma sobrancelha antes de se abanar - tem certeza que ele não é um enrustido?
- Ei, meu marido não é gay - falei, dando-lhe um tapa na perna e puxando alguns pelos da mesma.
- Nunca se sabe - ele deu de ombros - e não mude de assunto.
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ღ Conquistando um Sullivan
RomansaSegundo livro da série Irmãos Sullivans Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan ent...