Ficamos conversando durante alguns bons minutos, relembrando e rindo de coisas que nos aconteceram, mas não tocamos em nada constrangedor ou comprometedor, nada relacionado a nós no passado. Cal havia se tornado engenheiro (puf, não me surpreende, ele era uma fera dos números), estava aqui em Nova Iorque por uns tempos por causa do trabalho; não entramos no assunto status de relacionamento e nem era preciso, já que nossas alianças deixavam a resposta bem óbvia.
Então, após colocar em dia anos de ausência, trocamos telefones e nos despedimos como os velhos amigos que fomos uma vez. Cheguei em casa já era quase 19:30. Cacetada, eu não havia visto as horas passarem.
- Demorou, mamãe - falou Brendon, levantou-se do sofá e correu até mim, me abraçando.
- Ele está certo - minha mãe disse vindo da cozinha, enxugando suas mãos em um pano de prato.
- Me desculpe, tive um contratempo - não expliquei do que se tratava e subi.
Tomei um banho quente e delicioso, coloquei um short e uma camiseta larga, prendi meu cabelo em uma trança de lado e desci. Caminhei para a cozinha e encontrei Arthur conversando com minha mãe.
- Olá - me aproximei e dei um beijo rápido em meu marido. Ele estava vestindo uma camiseta que grudava em seus bíceps definidos e uma bermuda, demonstrando que ele já estava em casa quando cheguei.
- Você demorou - ele observou.
- Tive um contratempo - falei novamente.
Nós jantamos e conversamos tranquilamente, arrumei a cozinha para dar um descanso para minha mãe e quando já estava tarde o suficiente, coloquei Brendon na cama, beijei-lhe o rosto como fazia todas as noites e fui para o meu próprio quarto. Arthur estava sentado na cama, alguns papéis em mãos e seus óculos de leitura postos. Ele nunca me pareceu tão sexy. Fui para o banheiro, escovei os dentes, fiz minhas necessidades e voltei para o quarto; fiquei parada em frente a beirada da cama, apenas olhando para o homem seminu na minha cama.
Arthur ergueu os olhos do que seja lá o que ele estava lendo, baixou novamente e uma sombra de sorriso surgiu em seus lábios; subi no colchão e engatinhei até alcança-lo, tirei os papeis da sua mão, deixei-os de lado e fiquei pairando sobre o homem na minha frente.
- O que está querendo? - ele perguntou, divertido.
- Apenas provocar - ronronei.
Antes que eu pudesse pensar, Arthur me puxou, deitou-me no colchão e agora ele estava sobre mim.
- Eu não sou um homem de provocações, boneca - ele murmurou e desceu sua boca até a minha.
O gosto doce de seus lábios invadiu meu sistema, seu cheiro inebriante estava me deixando louca, como sempre fazia, e eu queria chorar por não poder seguir adiante com isso; meu marido tocou meus seios com suas mãos grandes, seus dedos hábeis provocando a ponta rígida e eu o parei quando ele tinha a intenção de ir mais para baixo.
- O que foi? - perguntou, arqueando uma sobrancelha.
- Hoje estou com uma visita - resmunguei e ele gemeu em frustração.
- Scheisse - praguejou, me deu outro beijo e despencou ao meu lado - eu odeio isso.
- Eu não gosto mais do que você, acredite - falei e fui para cima dele - mas há outras coisas a se fazer para acabar com sua frustração.
Subi em cima dele, mordendo o lábio inferior e desci o tronco para beijar seu pescoço, descendo para seu peito nu, sua barriga trincada e ergui a cabeça para lhe dar um sorriso malicioso. Meus dedos engancharam no cós de sua bermuda, a puxei para baixo e seu membro saltou para a vida. Arthur flexionou os braços atrás da cabeça, totalmente relaxado com sua nudez e não se importando com meu olhar faminto percorrendo todo ele. E por que ele se importaria? Arthur tinha um corpo de causar inveja.
YOU ARE READING
ღ Conquistando um Sullivan
RomanceSegundo livro da série Irmãos Sullivans Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan ent...