Os dois se mostraram as línguas como dois meninos e não foi difícil imagina-los como tal, brigando e brincando; sem poder nos conter, eu e Anne soltamos uma gargalhada alta que ecoou por todo o cômodo, sendo seguidas pelas risadas dos dois. Ficamos em silêncio alguns minutos depois e Arthur olhava para o irmão, uma sobrancelha erguida, esperando.
- Tudo bem - cedeu Nick - recebi uma ligação da tia Ágata e ela disse que está vindo para Nova Iorque nos ver.
- Oh, não - gemeu meu marido - vamos, engula a informação de volta, não quero mais saber.
- Não parece ser uma tia muito querida - comentei.
- É uma tia muito boa - falou Nick - assim como morrer queimado.
- A chamávamos de Cruela quando éramos garotos - Arthur falou com um sorriso matreiro.
- Ela gosta de fazer casacos com filhotinhos? - perguntou Anne, rindo.
- Não, mas ela faria um com nossas peles se pudesse - disse Art - o que diabos ela está vindo fazer aqui?
- Ela voltou da Austrália e descobriu que estávamos casados - não foi necessário que ele continuasse para compreender que ela estava vindo para se encontrar com eles.
- Eu posso xingar agora? - perguntou meu marido, com uma expressão como se alguém o estivesse torturando. Ambos disseram um scheisse juntos e eu sabia o que aquilo significava: estávamos todos na merda.
⚈⚈⚈⚈
Respire, respire fundo, Lídia. Qual é, era apenas uma senhora, a tia que não parecia nada agradável dos garotos Sullivans e ela estava chegando hoje em Nova Iorque. Porém, como eu poderia ficar calma se meu marido estava surtando? Ou ela era praticamente a bruxa má do oeste ou havia algo muito errado nisso tudo.
- Talvez ela prefira ficar com Nicholas - arrisquei.
Era sábado e Arthur não precisou ir para a empresa hoje; estávamos deitados na cama, seus braços ao meu redor e podia sentir seu peito rígido em minhas costas nuas. Nick havia acabado de ligar dando-nos essa maravilhosa notícia. Caramba, ele não poderia nem esperar que a tarde chegasse para telefonar?
- Acho que enfiar-nos em um buraco seria uma decisão mais acertada - ele murmurou e eu não consegui segurar uma risada.
- Vai ficar tudo bem, querido - falei, passando os dedos em seu braço. Arthur congelou atrás de mim e eu temi ter dito algo errado; recapitulei tudo na minha cabeça e franzi o cenho sem perceber nada que pudesse faze-lo ficar tenso. De repente, ele me virou de costas no colchão e posicionou-se em cima de mim.
- O que foi? - decidi perguntar.
- Foi a primeira vez que me chamou de algo que não meu nome - falou.
Seus olhos azuis grudaram nos meus e haviam várias emoções rondando lá dentro; suguei o ar ao notar que ele gostava de mim, ele podia até não dizer em voz alta, mas seus olhos o delatava quase como se pudessem gritar isso.
- Querido - repeti, tocando seu rosto. Arthur colocou a mão em cima da minha, virou o rosto e beijou meu pulso, passando para a palma e depositou beijos em cada um dos meus dedos; fechei os olhos e deixei que a sensação dos seus lábios tomasse conta do meu corpo e minha mente já estava nublada como sempre acontecia quando estava perto desse homem maravilhoso.
Sua boca encontrou a minha com voracidade, suas mãos tocavam meu corpo assim como as minhas estavam ansiosas para explorar todos os cantos de seus traços magníficos, suas costas largas, seu quadril estreito e sua bunda perfeita. Arthur rosnou e posicionou-se entre minhas pernas, porém, ao invés de se unir a mim como eu esperava, ele desceu a boca pelo meu pescoço e arqueei as costas do colchão quando senti sua língua quente provocando um mamilo enquanto uma mão massageava o outro.
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ღ Conquistando um Sullivan
RomanceSegundo livro da série Irmãos Sullivans Após várias decepções amorosas, Lídia Prescot havia desistido há tempos de engajar um relacionamento sério e adquirido para si o lema do carpe diem. As coisas tomaram uma reviravolta quando Arthur Sullivan ent...