Capítulo 21

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Alessa

Acordo cedo e nem sei mais que dia da semana que estou. Apenas me arrumo, tomo meu café e caminho em direção a faculdade.

Passo por diversos alunos, professores, vizinhos, colegas de trabalhos em grupo, mas, não faço questão de cumprimentar nenhum deles.

Alguns dias já se passaram depois que eu contei ao Dean que um homem estava me seguindo.

3 meses na verdade...

Tem sido um mês cansativo. Dean me deixa na porta de casa todos os dias, faz rondas noturnas e diurnas. Me liga sempre que pode, e isso é a cada uma hora, ou, uma hora e meia. E ele sempre, sempre aparece no meio da noite para me dar "aulas".

Aí, Alessa, ele está cuidando de você, para de ser ingrata.

Já tentei pensar assim, mas é muito difícil quando você quer apenas um momento de privacidade, e então, você desliga o seu celular, se tranca dentro de casa e o maluco do seu professor arromba a sua porta porque você simplesmente não atendia as ligações dele.

Sim... Ele fez isso. E pior, tentou me carregar para a casa dele, dizendo que eu estaria mais segura morando com ele, do que morando sozinha.

Se não fosse os meus pais naquele dia, eu estaria em cativeiro agora.

Um cativeiro com mordomias, obviamente. Ele tem uma casa luxuosa e espaçosa. Uma cama confortável e grande. E muita, muita comida.

Mas, eu continuo preferindo arriscar morar sozinha e ter minha particularidade, do que dividir uma casa com o meu professor.

Eu não sinto mais o mesmo tesão que eu sentia por ele a semanas atrás. Acho que era fogo no rabo, como diria minha melhor amiga, Betsy. Que aliás, faz um tempo que eu não vejo.

E para matar a curiosidade de vocês, não houve mais nada entre ele e eu. Nem um beijo, abraço, excitação. Nada.

— Estava te procurando. – A voz inconfundível do meu querido e superprotetor professor, atinge meus ouvidos estridente.

— Que susto, professor. – Digo, recuperando o fôlego.

— Voltou a me chamar de professor a algum tempo. – Ele observa enquanto caminha ao meu lado pelo Campus.

— É o que você é. Meu professor. – Digo incomodada.

— Prefiro que me chame pelo meu nome, como você fazia. – Ele diz.

— Estamos na universidade agora. Tenho certeza de que o ideal é que eu te chame de professor. – Respondo e ele assente.

— Você está certa. – Ele olha para frente, e continua caminhando, me abandonando.

Entra no prédio e some no meio do tanto de alunos que há lá.

Piso no primeiro degrau para entrar no prédio e em segundos sinto meu corpo impactar no chão.

Betsy está sobe mim, sorridente e ao mesmo tempo amedrontada.

— Você quer uma amiga paraplégica? – Pergunto sem retribuir o sorriso.

— Que horror, Alessa! – Me bate no ombro.

— Okay! Você me derruba no chão com a força de uma tribo e depois me bate? – Olho seria para ela. – Você me odeia, né?!

Ela revira os olhos e ri saindo de cima de mim, e me estende a mão.

Pego em sua mão, e com a força de seu corpo ela me puxa de volta, me fazendo ficar de pé.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora