Dean
Suas palavras gelam a minha alma.
— Não é possível. – Digo.
— Será? – Pergunta provocativa passando a mão na barriga.
— Eu gozei fora.
— E eu fui muito mais rápida do que você em pegar os esperminhas da cama para enfiar em mim. – Ela gesticula com as mãos para demonstrar como fez.
— E desde quando é possível engravidar assim? – Pergunto confuso.
— Desde quando deu certo para mim!
Me nego a acreditar.
— Esse bebê não é meu!
— Tenho certeza de que é! – Começa a se irritar. — Eu te avisei que engravidaria de você! E você super me ajudou.
Ela se aproxima de mim e acaricia meu braço.
— Se afasta. – Peço, pois não quero encostar nela.
— Não faça assim, papai... Vai deixar o neném triste. – Ela diz fazendo cara de choro e gargalha logo em seguida.
Se afasta de mim e saltita pela sala.
— Essa casa agora é nossa! – ela diz abrindo os braços e um sorriso doentio. — E você é todo meu.
— Nunca!
— Claro que sim, bebê. Nós vamos nos casar para criar essa criança juntos. – Ela diz.
— Eu me casar com você? – Pergunto incrédulo. — Nem se fosse para salvar a minha própria vida.
— Oh... Não diga isso. Não diga isso, porque se você não casar comigo, você vai preso! – Sorri maléfica.
— Que? Preso pelo que?
— Por ter me estuprado! – Finge um choro. — Por ter acabado com a minha inocência e doçura, e ter tirado de mim o meu brilho e pureza.
Ela me olha como quem não tem nada a perder, mas ao mesmo tempo se diverte com a situação.
— Não tem como você provar.
— Quer pagar para ver? – Ela me desafia.
Ela me olha determinada. Com certeza tem alguma coisa para me ferrar.
Fito ela, furioso.
— Foi o que eu pensei. – Diz com ar de imponência. — Meus pais já foram avisados, e estão arrumando minhas coisas para que eu me mude para cá.
Ela joga folgada no sofá.
— Onde é o nosso quarto? – Pergunta sínica, mas interessada.
— Meredith. – Ela me olha com atenção. — Não existe nosso quarto e essa não vai ser a nossa casa! Essa casa é minha, eu moro aqui sozinho e vai permanecer assim.
— Então você vai ter que avisar meus pais. – Ela diz e olha para a porta.
— Dean! Meu genro! – Senhor Russell entra de braços abertos para me cumprimentar depois de deixar duas malas pretas no chão.
Ele se aproxima de mim ainda com os braços abertos.
— Que honra ter você em nossa família! – Ele diz, genuinamente feliz.
Minha atenção vai agora para a senhora Russell e Merida, que entra e me olha com desaprovação.
— Quando Meredith me contou, eu não pude acreditar! Vocês vão me dar um neto! – Ele diz contente.
— Sim, papai! – Meredith se levanta do sofá, caminha até os Russell e abraça o pai. — Dean também ficou sem acreditar e está até agora.
— Cada um reage de um jeito, mas é nítida a felicidade nos olhos dele. – Senhora Russell diz, juntando as mãos.
Observo cada um deles. Eles não podem estar falando sério.
— Aquele jantar rendeu! E você! Seu espertinho! Rápido o suficiente para se envolver com Meredith. – Senhor Russell me cumprimenta.
Vejo inocência em seus olhos.
É como se a única má aqui fosse Meredith. Ela está usando cada um de nós.— Morar junto assim tão depressa também foi uma surpresa. – Ouço a voz de Merida distante. Ela permanece perto da porta.
— Oh, querida! Fique feliz pela sua irmã. – Diz a senhora Russell, enquanto tira alguns papéis de sua bolsa.
Ela se aproxima de mim.
— Aqui estão os papéis que constam a gravidez de Meredith para vocês guardarem de recordação. – Ela me entrega e eu analiso, estático, linha por linha.
Merida sai batendo os pés.
— Não ligue para ela. Ela não quer perder a irmã. – Diz a senhora Russell.
Olho para Meredith que está ao meu lado e agarra meu braço.
— Não é possível... – Eu digo.
— Querido, vamos deixar eles dois a sós. – Senhora Russell diz. — Eles tem muito o que conversar e comemorar.
— S-sim, meu bem, tem razão! – Ele diz se apressando. — Dean, muito obrigado por esse presente.
Eles se abraçam e nos olham. Seus olhos carregam orgulho.
Meredith me olha ambiciosa e destemida, enquanto se esfrega em mim.
— Vamos deixar os pombinhos em paz. – Diz o senhor Russell.
— Deixar quem? – Ouço a voz de Alessa na porta. Ela está atrás dos Russell e os assusta.
Eles se viram para ela e meu coração se parte.
— Dean e minha filha Meredith terão um bebê juntos. – Diz a senhora Russell.
Ela me olha.
Seu olhar deixa nítido para quem a conhece, que seu coração está destruído.— É verdade isso? – Ela pergunta.
— É, sim! Aqui estão os papéis. – Meredith se adianta. — Aquele jantar de domingo foi mais do que esperávamos.
Lágrimas começam a descer por seu rosto.
Alessa não desvia o olhar de mim, mas também não diz mais nenhuma palavra.
— E você, quem é? – Senhora Russell pergunta dócil e interessada.
Ela seca suas lágrimas com a manga da blusa e olha para a senhora Russell.
— Ninguém importante. – Diz e olha para mim.
— Alessa, eu...
— Meus parabéns, professor! – Ela me interrompe antes que eu termine. — Meus parabéns.
Diz isto e sai pela porta. Indo em direção ao carro que estava parado na entrada.
Me desvencilho dos apertos de Meredith, largando os papéis no chão.
— Alessa! – Desço os degraus enquanto chamo por ela. — Alessa!
Ela me olha, com os vidros do carro fechado e pede para o motorista arrancar, não me dando a oportunidade de conversar.
Percebo ali que perdi totalmente a minha chance de ser feliz.
Ser feliz com alguém que eu realmente amo.
A culpa é toda minha.
Eu a perdi.
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PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.
RomanceAlessa Dylians é uma estudante de música. Sua maior vontade é ser uma musicista de sucesso. Alessa se torna aluna de Dean Philips que é músico formado e estudou por anos até conseguir chegar onde chegou. Alessa tem certas dificuldades em algumas ár...