Capítulo 19

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Dean

Saindo pela porta, após despistar com êxito os pais de Alessa. Caminho para o meu carro e pego as chaves.

— Você conseguiu enganar os pais dela, não é mesmo?

Alguém diz, atrás de mim.

— Como é?

Me viro e analiso bem o rosto do indivíduo.

— Eu vi você e a Alessa se beijando. É assim que você dá aula? Todas as suas alunas aprenderam assim? – Ele me confronta.

— Quem é você, mesmo? Tenho plena certeza de que não lhe devo satisfações.

Digo, guardando a chave do carro no bolso, me preparando para uma briga.

— Você não precisa saber quem sou eu. Apenas saiba que eu sei quem você é. – Ele diz.

Esse rosto, não me é estranho. Nem um pouco na verdade. Consigo me lembrar bem dele agora.

— Você é o babaca que está sempre atrás da Alessa, não é?! – Pergunto, mesmo estando certo disso. – Como é que é mesmo o seu nome? É... – Me esforço para lembrar. — Eygan...

— É Eydan! – Ele se altera, me olhando psicótico. – E como é que você sabe o meu nome?

— Eu presto atenção a minha volta, Eydan. – Digo, me aproximando do moleque, que não dá dois de mim, e me olha de baixo.

Ele me encara por mais alguns instantes e eu simplesmente desisto desse confronto de adolescente rejeitado. Dou as costas e me retiro de sua presença, entrando no carro.

— Fica esperto, professor! Tem muitas coisas que você não sabe.

Ele diz, e depois disso se afasta, seguindo para qualquer que seja seu caminho.

Ligo o carro e dou partida para a minha casa.

Chego pela tarde, não tinha trânsito, então a viagem de volta, e, literalmente viagem, porque Alessa mora longe demais, foi mais tranquila do que eu pensei que seria.

Entro em casa e acaricio minha cachorrinha. Vou para meu quarto e troco de roupa.

Observo como meu cabelo está de dar pena, e resolvo ligar para a minha cabeleireira.

— Oi, Tanisha. Sou eu, o Dean. – Me apresento por telefone.

— Eu sei quando é você, bobinho! Tenho seu número salvo! – Ela diz e ri do outro lado da linha.

— Eu sempre me esqueço deste detalhe. – Sorrio constrangido.

— Diz, homem, o que é que você quer?

— Pode vir dar um jeito no meu cabelo? Sei que vai chegar de noite, mas, me olhei no espelho agora e ele está horrível. – Digo.

— É claro que eu vou, bobinho. Eu vou de Uber e volto de Uber. Eu sou rica! – Ri exibida.

— Sei que sim. Fico te esperando, então.

— Certinho, até loguinho! – Ela diz e desliga.

Deixo o telefone sobre a mesinha e sigo para a minha cozinha. Tem algum tempo que eu não sei o que é comer em casa. Alessa tem tirado minha concentração até mesmo disso.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora