PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.

Capítulo 57

Dean

— Isso foi uma péssima ideia. 

Ouço a voz de meu colega. 

— Ela pode ter complicações severas, Dean. 

— Ela não terá porque você fez tudo certo. – Digo olhando dentro de seus olhos. — Eu só preciso saber se serei livre ou não para o amor da minha vida. 

Seus olhos carregam medo. Medo especificamente de mim. 

— Nunca te vi assim por uma mulher. 

Ele diz e se afasta, removendo as luvas brancas de suas mãos e as jogando no lixo. 

Eu também não... 

Penso em Alessa e em como em encontra-lá. A forma mais obvia de conseguir o paradeiro de Alessa é perguntando para sua amiga Betsy. E é justamente o que me preparo para fazer.

Pego Meredith em meus braços e meu colega reage. 

— Não pode pegar a estrada agora, ela precisa de repouso. – Diz, tentando me fazer ficar. 

— Ela vai repousar, não se preocupe. – Digo, já com ela em meus braços. 

Vejo hesitação em seus olhos, mas ele não me impede. 

— O resultado sai em quatro horas. Eu te ligo para te avisar. 

— Obrigado, meu amigo. – Digo, e saiu com Meredith em meus braços. 

Faço todo o percurso de volta para a minha cidade de origem. Meredith não deu nenhum sinal de que acordaria até que eu chegasse em casa. 

Ao parar com o carro, percebo a rua vazia como sempre a esta hora. Já esta anoitecendo, e em como toda e qualquer cidade pacata, as ruas esvaziam rapidamente. 

Meredith ameaça acordar. Ela esfrega os olhos e resmunga alguma coisa. 

Tive a impressão de ouvir o nome de sua gêmea Merida. Mas ignoro, pois agora os olhos de Meredith estão completamente aberto e analisando tudo a sua volta. 

— Por que nós voltamos para cá? – Ela me pergunta, genuinamente confusa. 

Rápido, Dean, inventa alguma coisa!

— Você desmaiou logo depois de entrarmos na loja e eu achei melhor te trazer de volta. – Digo.

— Então nós não vamos mais embora? 

— Depois que desmaiou eu acho melhor que durante a gravidez você tenha sua família por perto. – Digo olhando em seus olhos. — Nosso bebê deve ficar perto de toda a família. – Toco em sua barriga.

Meredith me olha, e com um sorriso amoroso sela meus lábios com um beijo. 

Só mais duas horas... duas horas até o resultado do exame. 

— Vamos entrar então? – Ela me chama, e eu assinto com a cabeça.

Entramos e a vejo caminhar direto para o quarto. Meu quarto. E se deita em minha cama. Diz que ainda se sente cansada e que precisa dormir um pouco. Eu apenas a deixo descansar, até que eu possa expulsa-la de minha casa definitivamente. 

 Me sento no sofá, e mantenho meu celular perto de mim para que assim que receber a informação, ver. 

Aproveito que Meredith já pegou no sono e fecho a porta do quarto. Em meu celular, procuro pelo número de meu amigo André e ligo para ele.