Capítulo 33

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Dean

— Está bem. Até que é legal o filme. – Digo para Alessa que ficou brava por que eu não gostei do filme.

— Como você pôde não gostar?! É uma animação tão linda! Fala sobre o medo de coisas novas...

— Eu não tenho medo de coisas novas... – Digo safado.

— Deixa de ser pervertido! – Me acerta um tapa no braço.

— Aí! – Reclamo de dor. — Você é pequena mas tem uma mão tão pesada.

— Pra você ver que tamanho não é documento!

Diz, se levantando para ir até a cozinha.

Volta com outra garrafa de vinho.

— Eu acho que não vou beber mais por hoje. – Digo recusando.

— Ué, mas por que?

— Preciso ir embora.

— Como assim ir embora? Acabamos de nos resolver!

— Eu sei, mas acho melhor. – Explico.

— Então você acha melhor e não precisa. – Ela diz.

— Alessa...

— Ok. Pode ir. A porta da rua é serventia da casa. – Se senta cruzando os braços, me ignorando.

— Já é madrugada. O domingo está apenas começando.

— Eu não ligo.

— Não seja assim, minha menina. – Tendo adoçar.

Ela me olha furiosa.

— Não me mate com os olhos.

— Pode ir, professor.

Solto o ar de meus pulmões em rendição.

— Certo... Eu fico, mas preciso dormir um pouco. – Digo. — E precisamos conversar sobre suas aulas. Continuo sendo seu professor e quero que você vá bem.

— Concordo, se não, eu não vou ter o que mostrar para o diretor. – Ela diz.

— Que bom que concorda. Podemos dormir um pouco agora? – Peço.

Ela acena com a cabeca que sim, e se levanta. Caminhamos para seu quarto  e ela vai até o banheiro.

Fica alguns minutos lá e posso ouvi-la escovar os dentes e talvez pentear os cabelos.

Ela volta com um babydoll rosa e se deita ao meu lado. Me abraça e se ajeita em mim.

— Eu ganho um beijinho de boa noite? – Pergunto.

— Só depois de escovar os dentes. – Diz serena de olhos fechados.

— Mas eu não tenho escova aqui.

— Usa o dedo. Morrer não vai. 

Reviro os olhos e me levanto, indo até o banheiro e fazendo uma higiene bucal ridiculamente fraca.

Volto e tiro a camisa, me deitando.

— Agora eu recebo?

Observo-a.

— Alessa?

A safada já dormiu e nem me beijou.
Como ela dorme rápido.

Me deito melhor, puxando Alessa para se aconchegar em mim.

Dormimos, porém, eu mal fechei os olhos e meu celular toca.

É a Clara me ligando. Observo o horário e são 8:56 da manhã de domingo.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora