Capítulo 9

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Dean

Mais um dia, e graças a todo o meu esforço durante esses anos para me tornar quem sou hoje, um excelente profissional, tenho o melhor emprego do mundo.

Chegou uma professora nova na universidade, e ela é daquelas que até o mais santo dos homens e a mais pura das mulheres sente atração.

Comigo não poderia ser diferente, já que eu continuo sendo homem, e mulheres continuam sendo o que eu gosto, apesar de preferir não ter nenhuma dor de cabeça e ficar solteiro.

Nada me impede de dar uma olhadinha, e foi assim que eu ganhei esse tremendo soco na cara.

— Mil perdões, professor! Mas você também não tinha nada o que ficar olhando! – A professora nova diz enquanto eu tento não desmaiar depois do soco no olho.

— Agora é que eu não tenho mesmo, depois deste belo soco de direita eu vou ficar cego! – Digo e ela dá risada.

Olho-a e não acredito que ela realmente está gargalhando do que fez.

— Eu poderia te processar! – Digo.

— Eu também poderia, por assédio! – Seu semblante que antes era de riso, agora é de seriedade e firmeza.

Não digo nada, pois, apesar da dor, ela está certa.

Sentando-se na cadeira de minha sala, com um pedaço de carne no olho e com uma deusa em minha frente, não sei o que sentir exatamente. Tesão. Dor na bunda pelo tempo que estou sentado ou dor no rosto.

— Pelo visto você é dureza, né?! – Digo e ela expressa orgulho.

— Não com todo mundo. – Sorri de canto. — Vou deixar você sentindo dor sozinho, preciso conhecer este lugar.

Ela começa a caminhar para fora da sala.

— Vai me deixar aqui? Com dor? – Pergunto estarrecido.

— Eu não posso levar sua dor comigo! – Debocha e desaparece rindo.

Que mulher audaciosa!

Tiro por um tempo a carne de meu rosto e mexo a face tentando descobrir se a dor diminuiu ou se vou precisar de cirurgia.

Me levanto da cadeira e caminho até o quadro. Em plena quarta-feira, me encontro já exausto.

Ontem a aula com Alessa foi brilhante. A garota tem potencial, só desconhece isso. E aparentemente ama a música de maneira intensa.

— Bom dia, professor. – Ouço sua doce voz ecoar em meus ouvidos.

Fecho os olhos para que eu possa memorizar a suavidade e doçura de seu timbre penetrante.

— Professor?

Pela forma que fui chamado, tenho quase certeza de que a voz não está dentro da minha cabeça.

Me viro instantaneamente e me deparo com Alessa em minha sala. Encolhida, com sua pequena bolsa em mãos.

— Oi. – Digo e sorrio para ela, que retribui com um sorriso sem graça. Coloca uma mesa de ser belíssimo cabelo ruivo para trás da orelha e se aproxima.

Sinto meu ar falhar.

— Eu preciso falar com você. – Ela diz me olhando de baixo.

— Sou todos ouvidos. – Digo.

— Eu queria mudar o horário da aula, mas, não dá! Então eu pensei em mudar o local... – Ela diz.

Franzir o cenho foi a prime coisa que eu fiz. Apesar de saber o porquê de ela querer mudar o local da aula, não achei que essa fosse a primeira ideia que ela colocaria em prática.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora