Capítulo 30

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Dean

Sábado de manhã, eu mal tinha acordado e já ouvia batidas insistentes na porta de minha casa.

Me levanto rápido e sinto a pressão cair. Fica tudo escuro por um momento, mas logo volta e eu caminho até a porta como se nada tivesse acontecido.

Preciso marcar algumas consultas.

Abro a porta e me deparo com André.

— Fala, cuzão. Não ia abrir a porta para mim, não? – Diz me empurrando e entrando.

Deixa algumas sacolas na mesa e se vira para mim.

Fecho a porta e esfrego os olhos.

— Bom dia.

— Dia?

Ele pergunta.

— Dean, são meio-dia e quarenta. – Aponta para o meu relógio.

Sem acreditar, olho desesperado para o relógio.

— Caramba, como foi que eu dormi tanto? – Pergunto para mim mesmo.

— Eu também não sei. Estive aqui mais cedo e até pensei que você estivesse tomando banho. Mas pelo visto... – Me analisa, olhando de cima a baixo.

— Ontem não foi um dia fácil.

Digo caminhando para o quarto.

— É, eu imagino. A senhora Collins era muito doce. – Diz, sentindo minha perda.

— É...

Pego uma roupa no guarda-roupa e vou para o banho.

— Vou preparar alguma coisa para você pôr na barriga. – André diz, indo para a cozinha.

— Beleza.

Entro no banho e me despeço da roupa que passou presa ao meu corpo a noite toda.

Deixo a água fria para que eu desperte mais depressa.

Sinto o gelo da água bater em minhas costas e dou um pequeno pulo. Fecho os olhos, suportando a temperatura baixa atingir meu corpo quente me acordando um pouco mais.

Molho meus cabelos e lavo-os com uns produtos que comprei.

— Tu ainda come lasanha ou virou vegano de vez? – André grita do outro lado da porta.

— Eu ainda como.

— Beleza, eu trouxe uma aqui, vou esquentar. – Ele diz.

Saiu do box e me seco.

Visto-me de uma roupa simples e leve. Tons claros predominam minha vestimenta atual.

Deixo meus cabelos soltos para secarem naturalmente.

Desodorante, uma aparada na barba e um perfume de leve me deixam muito mais pronto para seja lá o que o doido do André preparou para hoje.

Saiu do banheiro e vou até a cozinha.

— Aí! – André geme de dor, jogando a forma de lasanha sobre a mesa.

— Sem acidentes aqui em casa, eu não sou médico!

Digo num tom de humor.

— Felizmente, se for para ter alguém me tocando, que seja uma mulher.

— Cê não perde uma! – Ele ri. — Em falar em mulher. Você tem coisas para me contar senhor André.

— Ter, eu tenho! Só não vou.

Ele diz jogando na minha cara um pano de prato.

— Mas é claro que vai! Pode soltar o verbo aí! – Digo, exigente.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora