Capítulo 4

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Alessa

Mais uma droga de dia se finalizando, e, a única coisa que eu fui capaz de fazer foi de estourar três cordas do meu violão tentando aprender aquela maldita tablatura nova.

Não sei mais o que eu faço. Não sei mais a quem recorrer. Hoje ainda não é nem o dia mais próximo do dia da primeira aula para que eu possa contatar o professor.

Mas de uma coisa eu sei: se eu não aprender logo tudo o que me foi passado, eu serei expulsa da faculdade. E particularmente, esse é um medo que eu tenho.

Deixo o violão de lado e caminho pelo quarto a procura do meu celular. Nunca lembro onde eu deixo.

— Mas que droga!

Derrubei o celular atrás da mesa do computador.

— Você nunca consegue fazer nada, não é, Alessa?! – Ouço uma voz conhecida atrás de mim.

— E você sempre entra sem bater, não é?! – Retruco.

— É que o meu amor por você fala mais alto. – Minha melhor amiga sorri e pula em meus braços. — Quem é a ruivinha mais lindinha da minha vida? Quem é? – Ela aperta minhas bochechas enquanto fala com voz de bebê.

— Deixa de ser louca! – Empurro-a para longe.

Betsy é uma amiga de infância, na verdade a única amiga que a vida prendeu a mim desde o pré-escolar.

Betsy é uma amiga de infância, na verdade a única amiga que a vida prendeu a mim desde o pré-escolar

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Essa é a Betsy. Gata, não é mesmo?!
Mas ela não é para qualquer um. Pelo menos não um que tenha juízo.

— Olha, eu vim te buscar para a gente sair. Vai ter luau hoje na praia. Meu irmão Eydan pediu para eu te chamar e, os amigos dele vão também. – Ela diz.

— Bet, acho que não vai rolar. Eu preciso estudar! – Digo.

— Estuda quando voltar. Eu te ajudo! – Pega na minha mão me puxando para perto do guarda-roupa.

— Ah, não sei não. Da última vez, seu irmão tentou me beijar a força. – Digo fazendo cara de nojo.

— Olha, ele era um babaca na época e você era muito mais soltinha também. Anda, vai se arrumar por favor. – Me olha suplicando.

— Ah, Bet...

— Poxa, Alessa! Vai me deixar na praia, num luau, sofrendo, rodeada de homens? – Faz cara de quem tem a vida difícil.

— Você não presta, nem um pouco. – Eu digo e ela ri. — E você fala como se não fosse gostar nada, nada.

— Gostar, eu iria, mas acho que dar conta, não! – Ri pervertida.

— Ah céus... – Coloco a mão sobre a testa, já me arrependendo de ir. — Está certo, me ajuda arrumar as coisas. Ah! Eu não vou ficar com ninguém!

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora