PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.

Capítulo 55

Alessa

De volta em casa, subo as escadas direto para meu quarto.

— Alessa?

A voz de minha mãe me chama.

Eu ignoro e continuo meu caminho até o quarto.

Fecho a porta e vou para o banheiro.

— Alessa, minha filha, não faça assim com sua mãe.

Refaço meu caminho e abro a porta.

— Eu tive uma tarde boa, e falar com você ou com o papai agora só vai estragar isso.

Fecho a porta novamente e não ouço mais a voz de minha mãe.

Caminho para o banheiro e me tranco.

Reflito sobre como meus pais me usaram e como eu não fiz e não faço nada para mudar isso.

Decido então tomar um banho e me produzir toda. Ficar tão linda, tão gata, e usar isso ao meu favor.

No chuveiro, deixo a água bater em meus cabelos enquanto molho minha pele.

Por algum motivo ou, por obra do destino, tem dentro do box um frasco de espuma de barbear. A melhor para depilação.

É ela que eu uso. Passo sem dó alguma a espuma de barbear nas pernas e em seguida venho com um presto barba.

Cautelosamente, passo o prestobarba pelas minhas pernas, para não me cortar, e, em seguida, lavo.

Lavo também meus cabelos com shampoo e condicionador.

Um esfoliante bem cheiroso na pele para deixá-la macia.

Saiu do banho e me seco.
Seco também meu cabelo, pois darei um trato nele.

Passo creme no corpo e um perfume.

Me visto e sinceramente, eu estou um arraso.

Começo a arrumar meu cabelo, antes de partir para a maquiagem.

Deixo ele do jeito que eu quero e gosto.

Enfim, começo a me maquiar e me vejo quase pronta.

Saiu do banheiro e vou para o quarto. É hora das jóias.

Por fim os sapatos e, ESTOU PRONTA.

Pronta, e determinada a tomar as rédeas da situação e transformar tudo isso em algo muito mais proveitoso para mim.

Desço as escadas e me prontifico a mesa.

Meus pais estavam me esperando.

— Pensávamos que não viria. – Mamãe diz.

— Diferente de vocês, eu tenho palavra. – Digo.

Observo que eles se olham rapidamente.

— Filha, por favor, não seja rude quando a visita chegar. – Meu pai pede.

— Ele sabe?

Pergunto encarando-os.

— O-o que?

— Ele sabe o porquê desse jantar? – Pergunto firme.

— Por cima. Não sabe que você foi... – Papai pigarreia para falar.

— Prometida?! – Completo sua frase.

Ele encara o prato e em seguida ouvimos a campainha.

— Meu futuro marido chegou, não é mesmo. – Digo irônica e com repulsa.