Capítulo 11

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Alessa

Chego na sala e sinto vários olhares em cima de mim. Principalmente daquele rapaz que me entregou seu número de telefone e um recadinho nada sútil.

Me sento no mesmo lugar da última vez e me ajeito para ficar confortável.

Me sinto plena, muito satisfeita! Uma verdadeira princesa. Noite passada eu revivi uma das minhas noites mais estonteantes.

Fiquei novamente com o Eydan.
Eu sei que ele foi um babaca alguns aninhos atrás, mas agora, ele está diferente. Está mais atencioso, mais gentil, mais cavalheiro.

Ahh... Foi uma noite e tanto. Nunca me senti assim nos braços dele. Sorrio de lado ao me lembrar da forma que ele... Bom, vocês devem imaginar. 

Olho em direção ao professor e ele estava me observando. Me olhando, explicitamente. Me analisando de forma indiscreta.

Sinto um arrepio percorrer meu corpo e minha respiração fica mais pesada. O ar em volta parece denso.

Ele percebe que eu o notei e se vira para a lousa.

Disfarçando, eu pego o meu caderno e coloco-o sobre a mesa, juntamente dos meus lápis.

Ele inicia sua aula e eu me esforço para focar no que ele começa a dizer.

' — Não me interessa! Eu sei que você está querendo que eu te beije faz tempo... – lambe os lábios enquanto me agarra.

— Me solte! Eu não... Eu não quero nada! – Me espremo para sair do aperto de Eydan.

— Ah... Que isso babygirl?! – Cola nossos corpos e me beija.

— Eydan! Larga ela! Ela não quer nada disso! – Ouço a voz de Betsy, e me sinto aliviada pelo socorro.

— Como você sabe o que ela quer? – Eydan pergunta irado.

— Porque ela está simplesmente dizendo, seu babaca! – Ela bate forte no peito dele com os punhos cerrados.

Eu, como sempre, não me aguento e choro enquanto corro para a casa de meus pais.

— Senhorita Dylians?

A voz do professor me chama atenção. Volto para a realidade deixando de lado está lembrança.

— Sim.

Respondo constrangida, tentando disfarçar o meu momento inerte.

— Sabe me responder isso?

Ele aponta para o quadro, onde há algumas figuras expostas.

Fecho os olhos, apertando-os com força. Gaguejo um pouco, mas, consigo responder. Eu sei que sou apenas ruim na parte prática, na teoria eu sou excelente.

— Tom, tom, meio tom, tom tom tom, meio tom! – Digo e vejo a sombra de um breve sorriso de canto não lábios do professor.

Ele sabe que eu sei, e ele sabe que eu sei que ele sabe que eu sei. Ele confia em mim! Se não, não teria me pedido para responder nada disso agora.

— Mais correto do que isso, impossível, turma. Mas agora, eu quero voluntários, por livre e espontânea pressão e...

Alguém interrompe o professor bruscamente ao abrir a porta com brutalidade, chamando a atenção de toda a sala em sua direção.

PROFESSOR - Me Ensine Tudo O Que Sabe.Onde histórias criam vida. Descubra agora