Capítulo 06

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Joseph amanheceu quieto na manhã seguinte. Anahí já havia acordado, e como uma esposa dedicada, fez um café da manhã todo saudável pra ele, com suco, frutas, leu todas as receitas do médico, o laudo da ultrassonografia, as receitas do remédio, e quando ele acordou ganhou um belo café na cama. Ele sorriu, foi gentil, mas...


Anahí: O que foi, não está bom? – Perguntou, sentando nos calcanhares.


Joseph: Pegue minha bolsa. – Disse, parecendo desgostoso – A que você pegou os remédios. Traga o frasco vermelho. – Ela piscou, saindo sem questionar.


Ele simplesmente pegou dois comprimidos e bebeu com o suco que ela lhe levara. Anahí afastou a bandeja e ele suspirou, se deitando de novo. Nunca o havia visto assim. Não o pressionou por um bom tempo, lhe acariciando os cabelos, e ele ficou quieto, os olhos fechados.


Anahí: Eu vou chamar um medico aqui. – Disse, após o que pareceu uma eternidade.


Joseph: Amanheci com dor. – Admitiu – Mas está melhorando agora. O remédio era pra se a dor viesse. – Explicou.


Anahí: Onde? – Ele apontou a lateral do corpo – Quando começou?


Joseph: Eu acordei e você não estava. Fui ao banheiro... Não, não tem sangue na minha urina, mas foi bem doloroso. Começou a doer dai. – Ela o observou, preocupada.


Anahí: Ok. Vamos dar mais um tempinho, pra o remédio fazer efeito, e eu vou levar você no hospital. Sem discussão, Morgan. – Avisou, e ele revirou os olhos – Eu adoro essa tatugem. Você nunca me disse o que significava. – Ele olhou de soslaio, sorrindo. Tinha uma tatuagem no braço, uma pena, que no final se abria em pássaros voando.


Joseph: Significa que eu era jovem, estava com uma grana e tinha um tatuador perto. – Ela fez uma careta. – Mas se Bella perguntar, é da religião da minha família. – Avisou, sério, e Anahí riu.


Ele melhorou assim que os remédios fizeram efeito, mas Anahí o fez ir pro medico mesmo assim. Tinham o melhor convenio em circulação e federais não pegavam fila, logo foi questão de chegar e entrar. Ele levou os exames que já tinha, os remédios receitados, explicou a pancada que levara e como o quadro vinha evoluindo.


O medico o examinou, ele se contraindo ao ser pressionando em determinados pontos, e Anahí permaneceu de braços cruzados na porta do consultório, os olhos de falcão parados. Usava jeans, salto e um sueter vinho. Naquele momento, só Deus em si a faria sair dali. O medico questionou sobre sangue na urina e ele negou, só pra ela denunciar o sangue no vômito.


O medico pediu um raio X e uma nova ultrassonografia. Ela respirou fundo, ficando ansiosa. Se fosse só o trauma pela pancada, não haveria tudo isso, não é? Ele fez os exames, tranquilo, esperando... E não deu nada.


Anahí: Como assim "nada"? – Perguntou, exasperada.


Joseph: Ann. – Repreendeu, e ela ergueu as mãos, os cabelos longos caindo pelos braços.


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