Capítulo 07

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Anahí foi com Joseph na ambulância, Ian os seguiu com Rebekah logo atrás. Ela segurava a mão dele, atenta, mas ele a olhava, sereno. Por fim, quando chegaram, teve que o deixar ir. O medico estranhou a entrada, sendo que ele estava calmo; costumava receber pacientes de cálculos renais aos gritos.


Anahí: Ele caiu no chão, e começou a gritar. – Explicou – Por favor, só não dê mais nada a ele. Eu fiquei muito nervosa, eu... – Ela hesitou – Eu me machuquei em tarefa alguns meses atrás e tinha morfina em casa. Eu dei tudo o que eu tinha a ele. – Mentiu, o rosto impassível.


- Justifica o silencio. Preciso acompanhar o paciente. Com licença. – E saiu, acompanhando a maca.


Não deixaram ela entrar. Joseph foi preencher a ficha, dando entrada no hospital, e ela ficou. Pegou o pingente na mão. Recolocara as duas a parte vazia no lugar, e agora o olhava. Era a pior dor dele, era a única opção que ela tinha. Fora pra isso que ganhara aquilo afinal. Mas nem hesitara, pelo amor de Deus.


Joseph ficou um bom tempo lá. Quando tiveram noticias, ele estava em um apartamento. Anahí avançou, esperando maquinas e uma cena de morte... Mas ele respirava por si só. Só tinha um soro no braço, e era só. Dormia, tranquilo. Ficaram ali por um momento, e Rebekah aproveitou a visita ao hospital pra tentar rever a tipoia no braço.


Anahí: Nós precisamos acabar com isso. – Disse, quieta – Com esse caso. A história dos Italianos. Olhe Rebekah, agora Joseph.


Ian: O que podemos fazer? – Perguntou, e ela suspirou, olhando o marido. Se abraçava, os cabelos longos caindo por cima dos braços.


Anahí: O convencional não funciona nesse caso. Estamos perdendo tempo, andando em círculos. – Disse, quieta – Eu preciso pensar, mas eu preciso acabar isso. Eu vou fazer qualquer coisa agora, eu vou assumir qualquer extremo. Eu quero normalidade, segurança, eu quero ter um filho. Você é a pessoa em que eu mais confio no mundo. Você está comigo?


Ian: Só diga quando e onde. – Disse, tranquilo.


Anahí: Preciso pensar. – Ela se aproximou da cama – Odeio vê-lo assim.


Ian: Ele vai ficar bem. Foi só o susto. – Anahí assentiu. – Seu colar quebrou. – Anahí piscou, olhando pra baixo. O pingente, antigamente com os dois lados da ampulheta perfeitamente equilibrados, agora tinha um cheio e um vazio.


Anahí: Deve ter sido na correria. Não é importante. – Dispensou, quieta.


O medico veio logo depois, explicando o quadro de Joseph: Ele estava bem. Haviam três pedras no rim dele, o que causou a dor causticante que o levara aos gritos, mas a expulsão foi realizada com sucesso, e se corresse tudo bem ele receberia alta logo pra ir pra casa, só com uma dieta mais atenciosa receitada e logo estaria pronta pra outra. Dormia agora por efeito da dose de "morfina" que Anahí lhe dera, motivo pelo qual ela levou uma boa regulagem; não se devia medicar por conta própria, principalmente em casos extremos e com remédios tão fortes. O processo exigira demais dele, e agora estava cansado.

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