Capítulo 24

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Ela olhava o chão enquanto caminhava. Caminhava tranquilamente, observava os saltos vermelhos. Nunca se dá o valor devido ao que se tem até perde-lo, e uma vez que ela passara um tempo sem poder andar, agora apreciava mais que nunca o clique dos saltos agulha no chão, do contorno do couro refinado, vermelho, ao redor dos seus pés. Os cabelos caíam em ondas indecisas ao redor do rosto; não conseguiam voltar aos cachos normais, mas também não voltavam a estava zero do alisado químico. Encontraram um ondulado bem aberto e pararam ali.


Não vejo mais você faz tanto tempo.

Que vontade que eu sinto de olhar nos seus olhos, ganhar seus abraços.

É verdade, eu não minto.


O rosto não tinha expressão enquanto andava. Estava armada até os dentes, mas não tinha nada as mãos; salvo engano, girava a aliança no dedo esquerdo. Não sentia ela girar, a mão morta não deixava. Os olhos frios não se importavam. Estava calma, focada. Ela era novamente uma destinação. Usava uma blusa vermelho vinho com um decote generoso, e a blusa combinava com o batom nos lábios. Ela sempre usaria vermelho, até terminar aquilo, e agora era só o começo.


MILÃO, ITÁLIA.


Luigi: Que merda é essa, Giovanni? – Perguntou, apontando a mesa de cartas, e o outro riu.


Giovanni: Aceite. – Dispensou, tranquilo, recolhendo a mão de cartas.


Frank: Se você for começar a trapacear, eu não vou continuar jogando. – Avisou, abrindo a carteira e pagando a rodada. Os três jogavam em uma mesa de centro. Luigi fumava. A campainha tocou. – Finalmente a maldita pizza. – Declarou, se levantando.


Luigi: Estamos ridículos aqui. – Apontou, soprando a fumaça do cigarro – Eu mesmo duvido que ainda estejam atrás de nós.


Giovanni: Matamos dois deles. – Lembrou, cortando o baralho – O chefe disse pra sermos cautelosos. Somos cautelosos. – O outro suspirou, então Frank voltou de mãos vazias. Os dois olharam.


Luigi: E a pizza? – Perguntou, estranhando.


O outro hesitou por um momento, caindo em seguida, revelando Anahí atrás dele, com um canivete coberto de sangue na mão. O esfaqueara na nuca. Era curiosa, a sensação de matar. Ela esperara mais glamour, mais sensação, algo que aplacasse a fúria dentro dela... Mas não chegou nem perto. Os dois sentados esboçaram reação, mas ela ergueu a mão direita com a arma na mão.


Anahí: Ora, já vamos nos alterar? – Perguntou, como se a mão direita não estivesse lavada em sangue e não houvesse um corpo no chão – Eu quero conversar. Já nos conhecemos. Como vai, Giovanni? – Perguntou, sorrindo.


Giovanni: Quantos? – Rosnou, acuado. Ela piscou, olhando em volta.


Anahí: Não, sou só eu essa noite. – Disse, tranquila – Que fedor horroroso. – Recriminou, atirando a faca que tinha na mão. Bateu no cigarro que Luigi tinha nos dedos. Nem arranhou os dedos dele, só cortou o cigarro ao meio – Melhor assim. Vim conversar. Na na na. Ninguém se mexe. – Avisou, a arma em punho, vendo Giovanni tentar se mexer. – Eu vim conversar. – Repetiu.

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