How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

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Como eu prometi eu vou regredir um tempo nesse capítulo e no próximo e no outro já é parando de onde acabou o sonho é isso. Boa leitura <3

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Quarta-feira - Uma semana antes do sonho

Depois de toda aquela conversa embaixo do guarda-chuva com Luke, isso me fez pensar mais no que poderia ter acontecido durante o tempo em que ele era criança, em casa, enquanto Ashton tinha o apoio de Calum e de mim.

As palavras dele não saíram da minha cabeça aquela noite.

Então no outro dia, durante uma das minhas aulas de percussão, enquanto meus colegas tentavam, muitos sem muito sucesso tocar um tambor africano, eu me sentei no fundo da sala e pus meus dedos para trabalhar.

Fiz o que eu não fazia a bom tempo: eu escrevi. Escrevi letras sobre mim e também tópicos de perguntas a serem feitas a Luke e a Ashton também.

Acho que estou levando tudo isso a sério demais, como uma obsessão, sei que não é certo isso, mas acho que nesse momento, minha curiosidade venceu minha razão a um bom tempo.

No fim da aula, eu tinha um questionário pronto pra Ashton e Luke, mas depois, olhando para todas as letras que eu consegui, acabei tirando a folha do caderno e amassando. Era loucura isso. Para quê tudo isso? Ele havia prometido que me deixaria saber, que eu entraria.

No café, me deparei com Jack atendendo os clientes.

Aí me perguntam: Se a cafeteria é dele, ele devia aparecer pelo menos uma vez por semana, certo? Errado. Desde o dia que ele disse que Luke estava doente, por isso ele não foi trabalhar, eu não o havia visto mais.

Eu olhava pra seus sorrisos para os clientes, mas quando estes mesmo não viam, ele dizia coisas frias e quase sem nem um sentimento ao próprio irmão, nesse mesmo lugar. Aquilo me fazia pensar em quantas facetas ele podia estar escondendo de mim e de Calum ou de qualquer um a tanto tempo e ninguém percebeu

Acho que fiquei tempo demais parado na porta, porque um distraído bateu a porta em mim, me empurrando pra frente.

Quando eu olho pra trás, não era novidade nenhuma ser Luke, que logo tratou de pegar na minha mão e pedir milhões de desculpas. Idiota. Uma vez só já valia, talvez duas, mas dez já é exagero.

— Eu já falei que eu estou bem Luke, não tem do que ficar morrendo aí.

— Eu podia ter te machucado sério e você age como se eu tivesse te perguntado as horas do dia.

Eu dei de ombros.

— Eu me acostumei com ser invisível, não ligo com essas coisas.

— Pois devia ligar. Eu poderia...

— As senhoras podiam pegar seus aventais e começar a trabalhar? — Jack grita da cozinha. Estava bem irritado. — Aqui é um lugar de trabalho, não namoro. Se quiserem discutir a relação, nem pisem aqui.

— Se ele soubesse que o irmão quase me deixou pelado por conta de um respingo de chuva bem no lugar só de trabalho, ele envelhecia uns dez anos só de estresse.

— Você ia pegar uma pneumonia e....

— Pro trabalho os dois! — Gritou definitivo.

— Alguém acabou não conseguindo  o que queria da namorada. — Cantarolou Luke enquanto me jogava um avental.

— E desde quando o Jack consegue alguma coisa? Nem os funcionários dele o obedecem, quem dirá a namorada ouvir ele.

Eu disse me segurando pra rir depois do grito raivoso que saiu da cozinha. Luke ao contrário, chorava de rir. Eu admirava a sua facilidade de ver beleza em tão pouco.