How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

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Momentos difíceis.

Todos possamos por eles, todos lidam com eles. Claro, cada um de sua maneira.

Uns conseguem e aguentam a pressão, outros não. Há aqueles que simplesmente se desligam e não conseguem voltar. São várias as maneiras de lidar, mas uma coisa é certa: todos passam por um momento assim.

Talvez não seja de maneiras parecidas, mas todos temos um momento do qual simplesmente queremos que o mundo pare ou que ande devagar. Todos queremos que tudo simplesmente acabe e que as coisas boas venham. Quando as coisas boas acontecem.

A esperança é algo da humanidade da mesma forma que a tristeza e a desistência. Está no nosso sangue assim que as coisas começam a dar errado, queremos parar, desistir.

Verdade, não é nada fácil lidar com coisas ruins e tristes e a cada dia ficando pior. Verdade, sofremos enquanto vivemos. Verdade, não somos feitos de ferro e somos frágeis. Verdade, a dor é tão grande que nem sempre parece valer o esforço para lutar contra.

Dias como esses, eu vejo que a vida pode ser cruel. Vejo como as pessoas são indiferentes, como para elas, é mais fácil lidar consigo mesmas do que notar a dor do outro. Será mesmo que é tão difícil notar que alguém ao seu lado sofre? Será mesmo que é tão fácil ignorar os gritos de socorro?

Talvez nem tudo seja completamente ruim, se parar para pensar. As dificuldades nos mostra quem realmente está ao nosso lado. Tudo que acontece nem sempre é em vão. Muitas vezes, as coisas acontecem por haver um propósito. Claro, não sabemos o real propósito de tudo, mas sabemos que alguma coisa há de ter.

Momentos  como esse, eu simplesmente vejo que o melhor que posso fazer é me apegar mais àqueles que me fazem bem, pessoas que me dão forças e que mesmo até longe, não me deixam esquecer que eu tenho uma razão de agradecer ao acordar e ao ir dormir.

Momentos como esse, eu simplesmente quero pegar aqueles que amo e cuidar para que se sintam tão amados quanto eu fui por eles. Não é compensação, não é pagar pelo amor recebido, é devolver amor, entregar amor, trocar amor.

Uma vez, o psicólogo de Luke dizia que devíamos tratar as pessoas com gentileza, que o amor é uma via de mão dupla, onde você dá sem esperar algo em troca, mas que recebe em dobro porque simplesmente amar faz bem pra caramba.

Ele é um homem sábio.

Eu me sinto a cada dia mais amado e sinto que posso amar mais a cada dia. A evolução não se vem somente em superar traumas e entender que as coisas aconteceram. Superar é aceitar, se amar, saber lidar e viver com as cicatrizes, sabendo que mesmo se cair isso não te faz fraco. Pelo contrário, sua luta é diária.

Se amar, amar alguém, a aceitação, tudo é trabalhado todo dia, com todas as dificuldades e diferenças. 

Então, estou eu, um mês depois da saída de Luke da casa de seu pai. Sua cabeça em meu colo enquanto lia um livro, Lilly sentada pintando as unhas do pé do irmão e Calum e Ashton sorrindo enquanto faziam planos e mais planos para o futuro.

Ah, o futuro.

Pela primeira vez em anos, me dei ao luxo de pensar nele. Acreditei que sim, pode haver um futuro para mim. Um futuro onde eu possa me estabilizar fazendo o que amo, rodeado de pessoas que eu gosto, e sendo feliz assim. Como vai acontecer? Eu ainda não sei, mas no momento, estou focado demais em viver o presente para sequer lidar com isso.

Luke parecia relaxado. Pela primeira vez em todo esse ano e alguns meses que o conheci, estava sem olheiras nos olhos, dormia bem e regularmente. Lilly agora tinha um lugar saudável para viver e eu, bom, sempre que posso estou junto dos dois, porque eles agora são a minha família.