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Um capítulo meio chatinho, mas ele vai começar a desenhar essa parte que as história está se seguindo.

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Um possível namorado.

Eu tenho um possível namorado.

Ainda não digeri direto esse fato. E fui eu quem corri atrás disso. Quero dizer, nesse momento, eu fui, mas se não houvesse tido o árduo trabalho dele antes, provavelmente eu estaria pensando em formas de mata-lo hoje mesmo. Ele me irritava — e ainda me irrita, mas bem menos — de maneiras que eu nem mesmo podia explicar.

Eu digo o "quase"  porque não definimos exatamente o que acontece. De certa forma, estamos confortáveis assim faz uma semana. Cashton ainda age como se realmente estivesse nos enganando fingindo não saber, mas estamos de certa forma bem.

Não falamos sobre nossos problemas em questão, e isso incomoda Calum, este diz que estamos usando a situação agradável para fugir da situação que é impossível se livrar. Por enquanto estamos conseguindo.

Mantinha-me ocupado com um violão em mãos enquanto sua curiosidade o fazia rondar pelo espaço do meu quarto. Não seria nem a primeira e muito menos a última vez que Luke estaria ali, mas acho que entendi seu ponto. Era a primeira vez que ele estava ali sem motivo algum aparente e que tinha total liberdade para olhar o de queria sem temer alguma reprovação da minha parte.

Não que estivesse livre cem por cento de uma reprovação, mas as chances eram mínimas. Eu sou um ser sociável. Bom, é o que dizem.

— Você tem muitos livros de suspense e sobre condições da mente. — Sua voz se fez presente em meio ao silêncio agradável que tinha se instalado. — Muitos dos quais eu me mato para procurar, pois são base do meu curso de psicologia.

— Pegue os que quiser. — Dei de ombros. — Alguns eram do meu pai, ele se interessava pelo assunto. Tem mais no andar de baixo, se quiser sobre filosofia também.

Ele pareceu pensar no assunto.

— Não quero incomodar.

— Se eles falassem, estariam agradecendo por serem usados, já que Calum Não se interessa e eu muito pouco os pego para ler.

Ele sorri verdadeiramente e agradeceu. Não sei se comentei, mas o sorriso dele é uma das coisas mais lindas que já presenciei. E não sei se comentei também, mas toda essa situação que nos encontramos ainda é meio estranha para mim, pois eu me acostumei a tanto tempo com a solidão nesse sentido, que as vezes esqueço que tenho total liberdade de toca-lo de forma mais calorosa. O que muitas vezes o faz rir de mim. Mas logo, fica corado assim que tomo liberdade.

— O que faz com esse violão a horas, sem nem mesmo tocar uma nota? — Pergunta como quem não quer nada.

— Pensando no que fazer. — Respondi. — Queria criar algo para a aula de Campos práticos da música contemporânea* mas não sei o que criar.

Seu rosto toma o interesse e se senta na minha cama de frente para mim que estou sentado no chão com o instrumento no colo o olhando como se ele me desafiasse.

— Falta a inspiração?

— Não sei, talvez. — Ainda era bem vago com minhas respostas, mas ele sabia que eu normalmente era assim, então não levava para o pessoal. — Acho que falta algo, as orientações são vagas demais, não me dão total liberdade de criação, mas também não me dão direção sobre o que criar.

Ele se sentou no chão na minha frente. Sua mão tomou a minha e logo começou a acariciar meus dedos. Eu achava interessante essa sua mania, ele acariciava todos os dedos e logo massageava a mão.

How to Fix a Broken Heart ~ •Muke• Onde histórias criam vida. Descubra agora