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— Então, Michael — A voz de Joan, a minha nova psiquiatra se fez presente. Era uma voz nada melodiosa e simplesmente estridente. Meus ouvidos choravam por isso. — vejo que sua relação com sua antiga psicologa não era a das mais saudáveis.
— Ela é mãe do meu melhor amigo e ela confundia o trabalho com o que devia ser tratado em casa. — Digo baixo. Ainda não me sinto confortável com ela. É a nossa segunda sessão e ainda não sei o que dizer a ela. — Mas não muda o fato de que com seus outros pacientes ela ser uma ótima profissional. — Me senti na necessidade de dizer isso. Ela olhava como se Joy não fosse boa o suficiente, sendo que ela era muito melhor que ela.
— Certo. — Provavelmente ela não gostou do meu comentário. — Na nossa consulta anterior, você não disse muito sobre você e sua situação, ou como ia o seu desenvolvimento com Joy.
Eu na verdade não havia dito nada importante. Luke havia insistido em me acompanhar e marcar uma consulta com ela. Dizendo ele, a indicaram e elogiaram muito. Não sei se é porque eu realmente não fui com a sua cara, mas de todos os quatro psicólogos em que me consultei na minha vida, ela é a que menos me deixa a vontade.
Mas eu prometi que tentaria, então eu vou.
— Okay. — Cocei a cabeça. Luke tomou o meu boné dizendo ser mais bonito do que o dele, agora eu sinto que algo falta. — eu tenho problemas de raiva que são controlados, bom exceto por duas semanas atrás, quando eu fiquei irritado com o irmão do... Luke, e bati nele. — Ela me olhava como se eu fosse um espécime raro do qual merecia estudo meticuloso e centrado. Odiava essa atenção exagerada. — Sou levemente impulsivo. Digo levemente, porque eu tenho mais problemas de comodismo, o que eu acho que não tem nada a ver com impulso. Sou órfão de pai e mãe, perdi os dois em um acidente em que eu também estava, por isso eu odeio entrar em carros.
Acho que talvez Joy tenha feito um bom trabalho. Eu disse boa parte de meus problemas sem todo aquele medo e dor que eu fazia antes. Eu sinto que posso falar sobre. Mas não sei até onde e até quando.
— Entre alguns de seus exames e relatos seus de médicos antecessores a mim, você disse que eles te passaram medicamentos por conta dos acessos de raiva.
Fiz que sim.
— Os remédios me mantém estável, calmo. Talvez por isso não me sinto tão impulsivo, quando tinha uns dezesseis anos, vivia voltando pra casa machucado.
— Mesmo tomando os medicamentos?
Fiz que sim.
— Você disse que estava bem até semana passada...
Óbvio que ela ia falar disso.
— Eu deixei de tomar a medicação. — Não me orgulho de dizer isso, mas tinha que ser sincero. Depois, ainda não estamos falando algo profundo que eu precise sentir que ela é confiável. — Estava me sentindo sonolento demais e as vezes ficava tonto quando ingeria pouca comida.
Ela me olhava, me media. Sabia que eu não confiava nela e que isso eu falaria ate para meu vizinho do fim da rua que é caolho e que esconde cocaína em casa. Não que eu já tenha o visitado, mas as pessoas falam.
— O que o incitou a atacar o tal irmão?
— Ele disse algo que me irritou.
— Disso eu já imaginava, eu quero dizer o que fez você deixar todo o seu controle para trás.
Odiava esse papo. Odiava ele quando falava com doutor Ramírez, com a Barb, com o Doutor Finn e com Joy. Com ela não seria diferente.
— Ele disse algo para o irmão dele que eu levei para o pessoal e juntou tudo que ele já havia dito para mim a muito tempo, então eu o soquei.
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How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•
FanficMichael lida com a perda de seus pais em um acidente de carro enquanto tenta se reconstruir e seguir em frente. É então que ele conhece Luke, um garoto animado e sempre feliz, que esconde uma grande tristeza e dor por debaixo de toda positividade e...