Katherine, depois de uma reunião rápida com as líderes de torcida sobre acabar com qualquer uma que desse qualquer tipo de ajuda ao seu ex, foi até seu armário guardar algumas coisas antes de ir embora. Quando Alef, com seu perfume inebriante, parou ao lado dela, espalmando a porta do armário, fazendo-a se fechar.
— Você ficou maluco?! — Reclamou, com a mão sobre o peito.
— Engraçado... eu ia fazer a mesma pergunta. — Ele cruzou os braços, observando-a se recuperar do susto.
— O que você quer, Alef?
— O que eu quero? — Ele se aproximou, até Katie recuar. — Eu quero que você saia do meu caminho.
— Ah, Alef meu amor... — Ela esticou as mãos para ajeitar a gola da blusa dele. — eu vou sair, sim... mas só quando eu tiver acabado com você. — Sorriu, dando dois tapinhas no peito dele.
— Não teste a minha paciência, Katie. — Disse segurando-a pelo pulso. — Isso não é uma brincadeira... se você continuar com esses joguinhos eu que vou acabar com você.
— Bom... — Ela se soltou. — Que vença o melhor!
Alef esmurrou o armário enquanto a garota atravessava o corredor para longe dele. Pelo visto, ele precisaria de algo maior para fazê-la desistir do seu joguinho de vingança do que algumas intimidações. Mas o que? Katie sabia de coisa o suficiente para arrastá-lo para o fundo junto com ela.
Do outro lado, no estacionamento, Eveline esperava Sarah e Zachary discutirem sobre como a garota iria sair de casa sem seus pais e sua irmã perceberem.
— O que você quer que eu faça? — Perguntou, emburrada. — Minha mãe vai voltar hoje do plantão. Eu não tenho o que fazer... a minha única opção é sair quando ela já estiver dormindo.
— Sarah, não dá! Existe um horário... se não estivermos lá dentro do tempo... não vamos conseguir entrar!
— Que idiotice!
— É uma festa em um dos prédio do colégio... o que você queria? Se um bando de gente bêbada entrar e sair na hora que quiser nós vamos ser pegos!
— Tudo bem... — Disse pegando uma espécie de convite das mãos dele e enfiando na mochila. — Eu vou dar um jeito, ok?
— Ok... a gente se vê.
Sarah acenou com a cabeça, enquanto Zachary entrava no carro. Eveline se aproximou da irmã, ficando as duas em silêncio vendo o garoto dirigir para longe delas.
— Bem que ele podia ter dado uma carona... — Eve quebrou o silêncio. Sarah encarou-a, rolou os olhos e saiu andando. — O que foi? Não custava nada! — Apertou o passo até alcançá-la.
— Tenho certeza que me escoltar até em casa não inclui um bate-papo entre irmãs...
— Argh! Você é sempre tão chata!
— Eu só não quero conversar!
— Se eu fosse o Zachary você iria querer conversar comigo...
— Também não... — Balançou a cabeça negativamente. — A gente faz outras coisas...
— Sarah, pelo amor de Deus!
— O que foi? Vai dizer que você nunca... você já beijou alguém? — Sarah parou o passo abruptamente, tentando lembrar de algum namoradinho de sua irmã.
— É claro que sim! Teve aquele garoto do...
— UAU! — Interrompeu-a. — Eveline! Tá explicado porque você é um pé no saco! — Riu, fazendo, dessa vez, Eve rolar os olhos e sair andando, deixando-a para trás. — Oh, por favor! Alguém me beije! Talvez essa seja a cura pra eu deixar de ser tããão... — Ela arrastou a voz. — irritante! Por favor! Alguém?!
— Sarah! Tem como você parar com isso?! — Eveline pediu com as bochechas tão vermelhas quanto um tomate.
— Tudo bem... — concordou depois de um série de risadas escandalosas. — Agora é sério... nunca? E o Luke?
— Eu nunca fiquei com o Luke.
— E aquele dia?
— Eu acabei de dizer que nunca fiquei com o Luke. — Disse apertando a alça da mochila com as mãos. — Somos apenas amigos.
— Ok. Eu acredito em você...ele é um lesado.
— Nem tanto. Hoje ele tem um encontro com a Katie Sanders.
— Katie...?
— A ex namorada do primo dele.
— Uh... ela é gostosa!
— É sério isso?
— Mas você é mais... mentira... não é não. — fez uma careta. — Talvez se você fizesse algo no cabelo... tipo usar um pente...
— Eu te odeio, Sarah!
— Parece que temos algo incomum porque eu também te odeio!
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Não Diga Que Me Ama
Teen FictionUm beijo inesperado pode mudar tudo; pode despertar sentimentos que sequer sabia-se da existência, como também destruir planos. E foi assim que uma talvez história de amor não teve seu início: um beijo que não deveria ter acontecido chegou antes de...