CAP13 - Uma visita à secretaria

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O dia amanheceu com o clima característico da estação. O sol brilhando num céu de poucas nuvens e o vento gelado lembrando que o inverno está próximo.

Uma bela segunda-feira de outono.

Faltando poucos minutos para a primeira aula.

Luke desceu da moto e passou a mão pelo cabelo ao tirar o capacete. Encarou o relógio e arrumou a mochila nas costas, enquanto esperava, como de costume, sua melhor amiga aparecer com um sorriso de ponta a ponta.

Porém o que ele encontrou foi uma garota com o semblante fechado, que parecia ter sugado todo mal humor da irmã caçula que a acompanhava.

As duas vinham em sua direção, no que parecia uma briga, que encerrou assim que pararam ao lado dele.

Sarah ameaçou um sorriso e Eveline deu um cumprimento desanimado.

— Tudo bem? — perguntou ao sentir o clima pesado entre elas.

— Sim... Uh... a gente se vê no no almoço? Agora eu preciso levar meu planejamento para a Sra. Bennet. Ela vai me ajudar com algumas pautas para campanha...

— Eu guardo um lugar pra você.

— Ok. Então a gente se fala depois... — Eveline se inclinou para dar um beijo no rosto dele, mas algo a fez recuar. Os dois se entreolharam a poucos centímetros de distância numa posição desconfortável e deram um abraço atrapalhado antes dela murmurar "tchau" e deixá-lo sozinho com sua irmã.

— O que foi isso? — Sarah perguntou com o cenho franzido.

— Não sei, mas tem algo errado.

— E o que não tem de errado com ela?!

— Qual é o lance entre vocês?!

— O de sempre. — Deu de ombros. — Ela acha que eu tenho que facilitar as coisas pra Susan.

— E eu concordo com ela.

— Pena que eu não dou a mínima.

Luke riu da resposta atravessada da garota.

— Se alguém falasse que você ia chorar dezessete vezes no meu ombro esse ano eu não acreditaria.

Ele meneou a cabeça e começou a andar em direção ao colégio, deixando a garota para trás.

— Você contou?!

Ela apertou o passo até alcançá-lo.

— Foi só um chute, mas com certeza foram mais vezes.

— Não foi não!

— Você é a pessoa mais chorona que eu conheço, Sarah.

— Não sou não!

— É sim... você se finge de durona mas no fundo é uma manteiga derretida.

— Fala baixo! Alguém pode te escutar! — Reclamou, fazendo-o rir.

— Escutar que você late mas não morde?

— Onde você aprende a falar essas coisas? — Fez uma careta.

— Com meu pai... acho que estou passando muito tempo com ele na oficina.

— Eu também acho!

— Pena que eu não dou a mínima. — Luke imitou Sarah, fazendo-a rolar os olhos.

Os dois atravessaram o corredor até a sala onde ela teria aula. O barulho de suas risadas se confundindo com as vozes dos outros alunos. A distância era a menor possível. Seus braços chegavam a se tocar em alguns momentos e em todas as vezes as bochechas dela coravam de forma inconsciente.

Não Diga Que Me AmaOnde histórias criam vida. Descubra agora