15 anos depois.
O tapete branco do escritório estava repleto de fotografias, diversos blocos de fotos separadas por datas e tiras de papel pelos cantos. Canetas e colas também estavam jogadas por entre as coisas. Christopher estava na cadeira cinza, girando com a ponta dos pés enquanto examinava uma foto em particular.
— Você lembra disso? — perguntou, me mostrando a foto.
A peguei, e soltei uma risada. Foi do dia do meu ultrassom da segunda gravidez, em que Chris estava sentado em uma cafeteria completamente chocado. A foto tinha ficado muito fofa, porque a carinha que ele fazia era fofa. O cabelo bagunçado com pontas para cima, olhos grandes como o de uma criança e a boca entre um bico e um sorriso. Tínhamos descoberto que eu estava gravida de gêmeos, e isso deixou Chris muito chocado. Eu apenas ri da situação, porque já desconfiava. Minha barriga tinha crescido muito em comparação a gravidez de Maxon, e os sintomas eram piores. E eu sabia que na família do meu pai havia gêmeos, por isso não fiquei de fato surpresa com a noticia, já que sabia haver uma possibilidade, diferente de Chris.
E pensar que tínhamos dito que essa gravidez seria sem surpresas.
— É claro que lembro — respondi sorrindo.
Coloquei a foto junto com as outras daquele ano. Estávamos organizando uma parede de fotografia para montar nossa linha do tempo juntos. A primeira foto foi uma minha e do Chris, individual, prontos para irmos à balada naquela noite de domingo. E terminava — até o momento — com uma foto de Maxon de beca em sua formatura da faculdade.
Olhei ao redor do chão, procurando por outros momentos para recordar. Peguei uma foto da viagem nossa ao México, quando eu já estava de cinco meses de gestação, e ainda tentávamos decidir os nomes das gêmeas. Sim, gêmeas, eram meninas. O primeiro nome nós já tínhamos em mente de que seria Angel, mas após voltarmos ao assunto de fazermos como Maxon e colocar todas as primeiras letras do nome iguais, tivemos que pensar em algo diferente. Mesmo que o nome de Maxon não tenha sido planejado ser com três M, decidimos de essa vez fazer isso. Mas não seria M, e sim V. Eu aceitei a proposta dele de usarmos meu sobrenome Violet (que era o sobrenome da minha mãe e eu tinha tirado quando mais nova), e usaríamos o Vélez dessa vez. Tínhamos os sobrenomes e uma ideia para nome, mas esse nome não era com V. O que fizemos? Voltamos àquela conversa do Natal no Canada.
Vangel Violet Vélez.
Nós sabíamos que ela iria nos odiar, mas colocamos o nome mesmo assim. Chris ficou meia hora rindo, com aquela risada escandalosa, de como a filha iria nos odiar e mudar o nome na primeira chance. Eu não estava acreditando que ele estava rindo de algo tão sério, mas acabei rindo junto.
Quanto ao nome da segunda bebê, Lana quem decidiu que seria Stormi, e Chris e eu adoramos e resolvemos colocar.
Stormi Martin Vélez.
Stormi era a própria copia minha e do Christopher em uma única pessoa. Diferente de Vangel e Maxon que eram loiros de olhos azuis, ela era morena (como Chris) e de olhos esverdeados (como os meus), apesar de o meu ser realmente verde e as vezes variando ao cinza, e o dela ser castanho com tons de verde que as vezes ficava verde. Assim como o formato do rosto mais oval como o do Chris.
Maxon tinha nascido em Londres e tinha dupla nacionalidade por causa disso. As gêmeas nasceram na Austrália e nós moramos lá por oito anos, por causa do meu trabalho e dos estudos de Maxon. Se para ele já tinha sido difícil crescer falando inglês e espanhol, elas foi ainda pior, por ter que não só lidar com as duas línguas, mas também com o forte sotaque australiano. Maxon concluiu o ensino médio e nós voltamos para os Estados Unidos, e nos mudamos para Malibu, a pedido de Vangel, que amava o lugar.
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Consequences
FanfictionChristopher e Blair não estavam prontos para um relacionamento quando entraram em um, e muito menos para o que veio junto a ele: uma gravidez. Com um filho vindo, as coisas entre os dois ficam sérias mais rápido que o desejado. Enquanto Blair preci...