Dois meses depois.
— Ok, Blair, espera. — Chris pegou a revista da minha mão, a fechando e me encarou. Cruzei osbraços. — Para de ser pessimista, ok?
— É uma possibilidade, Christopher.
— Não no momento. — Ele puxou as revistas que estavam em cima da mesa. — A gente vai comprar o apartamento juntos, e sem mais. Não dá para você achar que eu vou continuar dormindo em hotéis enquanto meu filho tá em outo lugar.
— Não é essa a questão. — Peguei a revista de volta.
— Nós não vamos nos separar, Blair. E mesmo se isso acontecer, a casa fica pra quem tiver a guardar dele. Pronto.
Continuei de braços cruzados, o encarando brava. Ele simplesmente ignorou e abriu a revista novamente.
Eu sabia que não era motivo para eu querer brigar com ele, mas ultimamente eu brigava por qualquer coisa. Era inevitável. A médica avisou que isso aconteceria, já que eu estava no auge do meu estresse, com dores no corpo, pés inchados, juntas doloridas, e minha barriga doía mais do que nunca. Qualquer pessoa que respirava perto de mim eu já estava xingando, e isso me deixava ainda mais com raiva. Eu odiava brigar por motivos idiotas, mas não conseguia me segurar.
Por sorte, Chris sabia muito bem lidar com tudo isso, e sempre encerrava os assuntos da forma mais rápida possível.
Faltavam dois meses para o bebê nascer, e devido a agenda do Chris estar completamente lotada, e minhas viagens semanais a New York a negócios, nós acabamos ficando sem tempo. Não tínhamos comprado nada além de algumas peças de roupas para o bebê.
E após semanas de conversa, nós decidimos que eu iria sair da casa da Lana, e Chris e eu moraríamos juntos. Na realidade, nós não iriamos comprar o apartamento, já que meu pai nos daria um — vantagem em ser corretor de imóveis em uma empresa multinacional. Chris então iria mobiliar o apartamento.
Eu tinha voado até Londres para vê-lo, aproveitando meus dias de folga. Usamos seu tempo livre para olhar os móveis e começar a montar logo a casa. Na realidade, nem tínhamos escolhido um lugar ainda. Meu pai tinha dado um catálogo repleto de opções.
A primeira coisa que olhávamos era a vista. Eu precisava de um quarto ou um cômodo que tivesse uma janela que desse para a cidade. Nisso nós já excluíamos lugares que estavam em andares mais baixo.
Após horas de discussão, escolhemos um apartamento com janelas altas, de vidro. Toda a casa era muito arejada e iluminada, com piso de madeira em marrons bem claros, e as paredes também em uma paleta da mesma cor, próximo ao branco. Tinha duas salas: uma de estar e de TV. Cozinha, sala de jantar, dois lavabos, um escritório e três quartos.
Decidimos que o quarto que sobraria — já que um seria nosso, e outro do bebê — seria da Lana. Até eu estar realmente pronta para morar sozinha, e durante a ausência de Chris, ela ficaria comigo.
Cansados de olhar moveis e cômodos, resolvemos deixar para decidir as coisas outro dia. Chris desceu para pegar algo no restaurante do hotel, e fiquei no quarto organizando suas coisas.
Na realidade, eu queria sair para conhecer a cidade, mas como era difícil esconder minha barriga de sete meses, achei melhor nem sugerir nada. Chris e eu ainda continuávamos em um relacionamento escondido, e desde o meu aniversario nós nunca mais saímos juntos em publico. Muitas fotos e vídeos tinham saído da festa, como o Chris junto comigo na hora das pétalas caindo e quando apagamos as velas. Quem era de fora provavelmente achou que era só meu aniversário, tirando alguns detalhes ou outros que chamavam a atenção de algumas fãs, mas que ninguém parecia acreditar muito ser algo importante.
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Consequences
FanfictionChristopher e Blair não estavam prontos para um relacionamento quando entraram em um, e muito menos para o que veio junto a ele: uma gravidez. Com um filho vindo, as coisas entre os dois ficam sérias mais rápido que o desejado. Enquanto Blair preci...