Parte XXIV

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Faltando alguns minutos para a hora que marcamos para fugir, encostei meu carro em frente à clínica. Esperei escondida até que vi um dos quardas saindo. Mas como Samuel iria fugir com o portão fechado e o muro tão alto?

Nem terminei de falar e vi um homem escalar o muro e pular do outro lado, foi tão rápido, que imaginei que ele já fez isso várias vezes. Vi o homem procurar ao redor e avistar o carro. Ele se aproximou e vi que de fato era Samuel. Ele rapidamente entrou no carro e deixamos àquele inferno para trás.

Passou um bom tempo até que ele falasse algo, o que achei estranho. O que ele estaria pensando, o que eu estava pensando? Eu não parava de pensar naquele caderno esquisito que achei no quarto de Samuel. Eu não gostava da ideia que ele se espelhava em assassinos loucos e os venerava. Era perturbador na verdade, estaria eu ajudando um futuro assasino?

Parei de pensar nisso, olhei para ele e o mesmo estava de cabeça baixa, perdido em pensamentos. Eu não queria atrapalhá-lo, então me foquei nos meus próprios pensamentos. Eu também estava fugindo, fugindo dessa vida de incertezas e me entregando a essa loucura. Pensando bem eu estava fazendo uma loucura enorme, quero salvá-lo mesmo tendo medo de não ser salva no processo.

-Pra onde vamos? - Perguntei depois de pegar a pista.. principal.

-Vamos pegar um helicóptero e vamos para a ilha. Conheço um atalho.

Ouvi todas as instruções para chegar no heliporto mais próximo, onde um amigo dele trabalhava. Estava cansada e com sono, mas consegui dirigir até lá sem problemas.

-É aqui? -Perguntei.

-É sim, mas quero te perguntar uma coisa antes. Você quer mesmo ir comigo, estará deixando tudo para trás. Não terá volta.

-É tudo o que quero. -Disse sorrindo.

Ele me beijou e abriu a porta, pegando as malas.

-Então vamos querida, nossa ilha nos espera. -Ele falou me abraçando.

Achamos seu amigo e com meia hora o helicóptero estava pronto pra voar, meu coração palpitava quando notei que a cidade ficava para trás. E eu estava indo com tudo viver uma aventura, era emocionante e muito ameaçador não estar no comando, mas agora não tinha volta. Eu estava indo viver com ele na ilha.

Sua mão agarrou a minha, olhei pra seu rosto e dei um sorriso.

-Bem vinda ao meu mundo. -Ele falou alto por causa do barulho e apontou pra ilha.

-Você quer dizer nosso mundo né?  -Perguntei.

Ele só sorriu.

Depois de um tempo Samuel dormiu, aproveitei e peguei àquele caderno esquisito e joguei no mar. Seja o que fosse, aquilo não faria parte da minha vida com Samuel.

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Oi gente desculpa a sumida, infelizmente estou com problemas no meu wattpad. Espero a compreensão de vcs. Um grande beijo. 

Sem SaídaOnde histórias criam vida. Descubra agora