Parte XXIX

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Eu aceito.

Foram minhas palavras depois do segundo pedido de casamento de Samuel, não porque eu queria de fato e sim porque eu estava com medo. Medo de rolar outra crise, medo por ele. Eu só queria a normalidade, mas como ser normal? Eu estava lado a lado com a loucura.

Me levantei da cama, enquanto Samuel estava dormindo. Eu queria tanto entrar em seu quarto, e agora olhando para o lugar isso me pareceu bastante estúpido.  Não era um quarto de um louco, sim havia coisas quebradas espalhadas no chão, mas não havia facas, armas ou corpos decepados em lugar algum. Era tudo parte da minha imaginação, havia uma pequeno criado mudo ao lado da cama com uma foto nossa. Ao lado uma cômoda, certamente onde ele guardava suas roupas, com vários e vários potes de remédios.

-Samuel? -Chamei. -Samuel?

Ele não mexeu um músculo sequer, fui até a porta e saí. Vou até a cozinha beber água e escuto um barulho naquele quarto, onde eu nunca entrei e sempre estava trancado à chaves.

Fui devagar e me senti com medo, não podia ser Samuel, pois o mesmo estava dormindo em seu quarto. Me aproximei do quarto e coloquei o ouvido contra a porta, tentei escutar algo. Mas não tinha barulho sem nenhum, de repente a porta abriu e eu caí no chão.

-É feio espionar Dulce. -Edu falou.

Me levantei rápidamente e olhei bem pra ele, estava diferente. O cabelo bem cortado e roupas novas, olhei ao redor e notei uma cama. Ali era o quarto do Edu.

Sem SaídaOnde histórias criam vida. Descubra agora