Capítulo 33

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boa leitura!

POV NARRADOR

Sabe quando parece que tudo está em câmera lenta? Que uma cena está parada no tempo e só existe você e outra pessoa? Que no caso é quem você ama?

É assim que Camila se sentiu quando ouviu o disparo e o corpo da sua namorada ser atingindo e em poucos segundos ir ao chão. No momento ela não quis saber de mais nada, apenas correr até Lauren e lhe ajudar de alguma forma.

Ela corria, corria, gritava o nome da morena, mas ainda tudo parecia estar lento e quanto mais ela corria, mais distante ficava. As meninas tentaram lhe segurar porque não sabia quem tinha feito isso, o porquê e nem se estava no local ainda. Não queriam arriscar e deixar que a latina se entregasse ao atirador de bandeja, mas Camila não se importava, ela queria a sua garota.

Chegando no palco, ele já estava cheio pelos professores que tentavam dar o socorro imediato a morena. Camila passava entre eles, empurrando quem estivesse no seu caminho e se agachou ao lado da maior, segurando sua cabeça em sua perna, sentindo as lágrimas molharem o seu rosto.

— Não, não, não, por favor! Não me deixe! - implorava em meio a soluços

— Camila, preciso que você saia, já acionaram a ambulância. Assim você vai deixar Lauren mais nervosa. - o professor de literatura pedia calmamente

— Eu não quero saber! Ninguém vai me tirar daqui. - altera o tom de voz

— Mas Cami-

— EU NÃO VOU SAIR! - berra e o professor desiste de tentar convence-lá — Amor, não me deixa, você precisa reagir. - volta a fitar a morena deitada no chão. A respiração de Lauren era fraca, sua mão ainda estava em sua barriga como se tivesse a consciência que precisava estancar o sangue — Não faz isso com a gente.

— É a minha hora, Camz. - a voz da morena saia baixa, ela falava devagar

— Não, não é. Eu estou aqui. O socorro já está vindo, ok? Nada vai te acontecer.

— Eu estou tranquila. - sorri fraco — Consegui saber seu nome. - engole seco, fechando os olhos por alguns segundos, procurando um resquício de forças para se despedir — Estou feliz por ter conseguido mais que isso, que é o seu coração. Não sofra por mim.

— Por favor, não fala nada. - chora baixinho — Estamos aqui pra você.

— Não adianta, amor. Pessoas morrem e tudo bem por isso. Irei encontrar minha irmã, sinto falta dela.

— Não me deixa, eu te amo.

Camila estava alí para entregar todo o seu amor a mais velha e mostrar que ela não estava sozinha. Todo mundo - ou quase todos - estavam com a mesma intenção. De ajudar. O diretor foi em busca de quem fez essa atrocidade, mas sem sucesso. Mais rápido do que puxar o gatilho, o canalha fugiu.

A latina tentou, mas com um último suspiro sua namorada apaga sem lhe dar uma resposta.

— NÃAAAAAO. - a menor grita quando não consegue mais sentir a respiração da namorada como antes. Grita por ter quem ama quase morta em seus braços e chora de ódio por a terem tirado dela

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