ROAD LOVE

Capítulo 57

boa leitura!

POV CAMILA

Já fazia umas meia hora que eu estava sentada naquela sala de espera, temendo que tudo o que menos queria pudesse acontecer.

Meus pés pareciam ter vida própria, a todo segundo batiam no chão, a pele do meu lábio já estava toda puxada e comida, não existia mais unha grande em meus dedos de tamanho nervosismo.

— Camila Cabello? - uma moça chama, com o resultado em mãos

— Aqui. Eu. Sou eu. - me levanto rapidamente e ela me entrega o envelope

— Boa sorte. - deseja, oferecendo-me um sorriso reconfortante

Fechei os olhos e respirei o mais fundo que eu conseguia. Rasguei o envelope com todo cuidado, e assim abri o papel. Meus ombros caíram pesadamente sobre meu corpo, meus olhos encheram de lágrimas.

Positivo.

— E aí? - Dinah perguntou ao meu lado, ansiosa

— Parabéns pra mim. - digo sem emoção alguma

— Deixa eu ver isso aqui. - puxa o papel da minha mão e abre um sorriso enorme ao terminar de ler — Você vai ser mamãe. Eu não acredito. - pula de felicidade, tentando me animar e eu só fazia olhar para frente. Eu olhava, mas não enxergava nada. Não conseguia reagir.

— É, nem eu. - suspiro, enxugando as lágrimas que teimaram em cair.

— Chee... - para em minha frente, segurando em meus ombros — Olha pra mim. - assim faço — Vai ficar tudo bem, você tem a mim. Tenho certeza que você vai ser uma ótima mãe.

— Será? Dinah, eu não sei cuidar nem de mim, quem dirá de uma criança. Eu deveria ter me protegido, eu sei, mas... - suspiro — Não posso fazer isso.

— Para de falar besteira, eu confio em você. Além do mais, esse bebê tem outra mãe que não tenho dúvidas que irá amar da mesma forma.

— Nem pense nisso. - aponto o dedo para minha amiga — Você me prometeu, Dinah. Lauren não vai saber de nada.

— Mas Camila...

— Não! - sou firme

— Tudo bem, eu não posso passar por cima de você sobre isso. - assinto — Mas, você vai cometer um erro enorme.

— Eu sei o que estou fazendo.

— Espero que saiba mesmo.

— Vamos pra casa, por favor. - pego o papel de volta, colocando dentro da bolsa e sigo meu caminho com Dinah em meu encalço

— Ai, eu estou tão animada. Não vejo a hora de saber se vou ser tia ou tio. - a olho, com o cenho franzido

— Você não falou isso... - digo, retoricamente

— O quê?

— Nada, vamos embora.

Depois de um longo banho, precisei me deitar para absorver tudo isso. Ok, eu estava grávida. Grávida. Tem um bebê dentro de mim. Eu iria ser mãe. Teria que trocar fraudas, dar de mamar, colocar pra dormir, arrotar... Depois teria que me preocupar em coloca-lo na escola, depois vem os namoradinhos ou namoradinhas, faculdade, e aí ele ou ela decide ir morar sozinho e eu fico pra trás. É, porque depois que os filhos se tornam independentes, a mãe não vai servir pra mais nada.