ROAD LOVE

Capítulo 12

boa leitura!

POV LAUREN

Depois de ter transado com aquela loira e de ter ficado com mais algumas que nem sequer me importei de perguntar o nome, eu e as meninas seguiram para a casa de Verônica. Digamos que a festa acabou mais cedo do que esperávamos porque algum vizinho mal fodido resolveu denunciar. Meti o pé antes de ser pegar pela polícia. Não seria nada bom, Lauren Jauregui aos 19 anos ser fichada.

Como já estávamos no clima, levamos a festa para lá, apenas com nós quatro mesmo. Bebemos, fumamos, como nos velhos tempos... Sentia saudade dessas programações. Só viemos parar quando o sol já estava dando as caras no céu.

Nunca tinha visto o nascer do sol enquanto estava chapada e bêbada.

É meu mais novo vício. - pensei

Após ter dormido e só acordado no final da tarde, comemos algumas besteiras que tinha no armário de Verônica e fomos assistir filme. Não é que não temos para onde ir, mas amanhã teria aula e eu não estava muito no clima de festa de novo. Minha vida não gira em torno disso, gosto de coisas caseiras também.

Assim que anoiteceu, finalmente cheguei em casa. Ultimamente tem sido assim, eu não sinto vontade de fazer muita coisa. Sempre que eu saio, conto as horas para voltar para minha casa, precisamente o meu quarto.

Não venho tendo um bom relacionamento com o meu pai, evito sempre que eu posso e minha mãe já está percebendo isso. A cada dia que passa a minha vontade de contar pra ela, é maior. Mas, não posso deixar que meu pai saia dessa ileso. Ele precisa honrar o que tem entre as pernas e assumir seus erros.

Eu nunca, em toda minha vida, tive alguém que me fizesse sentir coisas diferentes, como por exemplo: a vontade de passar a vida toda ao lado dela.

"A vida toda" é tempo demais.

Nunca nem me apaixonei, pra falar a verdade.

Mas, quando eu via meus pais, lá no fundo, eu tinha esperanças que poderia encontrar essa pessoa. Quando descobri que ele estava saindo com outra, toda essa concepção de "amor" eterno foi por água a baixo.

Se você ama alguém não quer dizer que você nunca vá magoa-lá, porque isso é natural de nós humanos, mas também não quer dizer que você deve sair fazendo o que bem entender.

Existe uma grande diferença entre cometer um erro e escolher errar.

Meu pai escolheu estragar anos de casamento por uma aventura. Se ele está apaixonado por essa mulher, por que não terminou? não seria mais fácil? menos doloroso?

Ele não só acabou com um casamento, como acabou com toda confiança que eu tinha nele. Logo ele, o cara quem sempre respeitei e tive orgulho. Ele era a minha base.

E, se ele não é um bom marido, ele não vai ser um bom pai. Se ele não pode respeitar quem ele jurou amor e fidelidade na frente de várias pessoas e diante de Deus, quem me garante que ele terá algum respeito por mim também?

Devia ser mais ou menos 23h quando cheguei em casa, não tinha pego no celular desde ontem. Verônica que mandou mensagem para minha mãe avisando que dormiria lá. E, mais uma vez, minha mãe está sozinha na sala, assistindo televisão.

Fui até ela, parando por trás do sofá, curvando meu corpo e depositando um beijo em sua cabeça.

— Você não cansa desse filme, né? - me refiro ao "uma linda mulher"

— Ele é um clássico, filha. Senta aqui e assiste comigo. - levanta a cabeça para me olhar

— O papai não está em casa? - pergunto, já sabendo a resposta