Capítulo 17

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boa leitura!

POV LAUREN

Eu costumava ser boa em não ligar para as coisas, mas o jeito que Camila tem me tratado desde o dia em que a vi no ônibus, está começando a me dar nos nervos.

Nunca fiz nada de ruim para essa garota. Tenho plena consciência de que fui idiota algumas vezes, desrespeitando o namoro dela, mas porra... muita coisa mudou desde então.

Quando ela me pediu para não insistir mais, decidi que já era a hora de chutar o balde. Voltei para casa irritada com ela, com meu pai, pelo Zayn ter voltado pra cidade... por tudo que vem acontecendo. Eu não estou mais sabendo lidar com nada disso.

— Oi, filha. Como foi a aula hoje? - pergunta minha mãe, entrando no quarto

— Chata, como sempre.

Eu estava deitada na cama, com os braços cobrindo meus olhos.

— Vai me falar o que está passando pela sua cabeça agora? - sinto sua presença ao meu lado — Não é de hoje que percebo você estranha, Lauren.

— Não é nada, mãe. Apenas uma garota idiota.

— Quer me falar sobre ela?

— Ela simplesmente me trata feito lixo. - tiro os braços do rosto, gesticulando — E eu simplesmente não consigo tira-lá da cabeça.

— Minha bebê está apaixonada. - afirma, fazendo voz de criança, me abraçando

— Não inventa história, mãe. - tento tira-lá de cima de mim — Karla só tem algo diferente e eu estou curiosa sobre ela.

— Esse é o nome dela? Tão lindo quanto ela deve ser.

— E é. - sorrio ao lembrar da latina — Nunca vi igual.

— Qual é o problema com ela?

— Não sei se é porque ela namora, ou se é por ela realmente me odiar. - suspiro

— Impossível alguém te odiar, mi hija. - acaricia meu rosto — Você é a coisa mais preciosa desse mundo. Sua irmã diria a mesma coisa.

Sorrio com as lembranças dos meus momentos com a Taylor. Nós sempre evitamos falar sobre ela, tanto fora quanto dentro de casa. É um assunto proibido. Sofremos demais com a morte dela e posso dizer que ainda não superamos de fato. Acredito que nunca iremos superar.

— Sinto falta da baixinha. - digo

— Todos nós sentimos. Seu pai estava olhando as fotos dela recém nascida noite passada.

Ao mencionar meu pai na conversa, minha expressão logo se fecha. Ele ainda não teve a decência de contar para ela o que anda fazendo nessas saídas de "trabalho". Pelo visto, eu teria que juntar toda a força que eu tinha e colocar as cartas na mesa. Não poderia deixar minha mãe vivendo nisso pra sempre.

— Eu preciso descansar um pouco, mãe.

— Tudo bem. Eu vou dar uma volta pelo shopping, preciso de roupas novas. Tem comida na geladeira. - dá um beijo em minha testa e sai do quarto.

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