Olá, atualizações... <3
Ansiosos para continuação do capitulo anterior?!
Capa nova! O que acharam?
Jesy acordou atordoada pela luz incomum no porão mofado aos poucos os lampejos de consciência tornaram-se mais estabilizados e pode perceber que a fonte de luz aquecida via da tabua de uma das janelas que jazia quebrada e jogada no chão ao lado, seria uma invasão? Não. Quem invadiria aquele prostíbulo em pedaços? Na certa seria alguma peripécia da bebedeira de Draco e Edgar.
Levantou-se e então a viu. Leigh-Anne estava sentada em frente ao fecho de luz, que apesar de parecer ferir-lhe os olhos, tinha em si a atenção total da telespectadora que com o olhar vazio contemplava a própria dor. Jesy sentiu o coração apertar contra a parede do peito, temendo pelos traumas que pudessem acercar a alma e o corpo da amiga que noite passada se entregara forçadamente a um monstro transvestido de homem.
Marchou a vagarosos passos até estar de frente ao rosto marcado, vestia ainda o corpete mal desamarrado e os cabelos caíam agora em ondas quebradas, longe de parecer o penteado exclusivo que Jesy lhe fizera uma noite atrás.
Ela aproximou-se tocando o corpo imóvel, estudando com um "olá" o território desconhecido como resposta obteve um silêncio penetrante, nem um só músculo moveu-se. Então, sem nada mais a dizer, Jesy a abraçou forte pedindo que ela seguisse para o banho, enquanto lhe prepararia um chá.
Largou-a e as palavras pareciam não ter surtido qualquer efeito, Jéssica suspirou e encaminhando-se a cozinha iniciou os preparativos de um café reforçado com chá e um bolo de fubá que fizera duas noites antes. Ouviu um barulho atrás de si e aliviada assistiu a amiga avançar ao banheiro, sentimento esse passageiro, ao ver Carolyn sonolenta e mau humorada aproximar-se ao mesmo tempo da porta de banho.
- Cheguei primeiro imunda. Vai ter que esperar! – Sem responder com um único impulso Leigh abriu a porta, ignorada, Carolyn irritou-se impedindo a passagem.
– Você têm alguma deficiência é aleijada do ouvido?! Agora entendo, Austin têm feito caridade. – Carolyn olhou para o corpo da jovem com desdém. – Se deitando com aleijadas como você, aposto que deva ser um sacrifício para ele.
Um tapa estrondoso fez com que Carolyn caísse ao chão, Leigh-Anne a olhou com a frieza que nunca usara antes, depois pulou as pernas dela e entrou no banheiro. Batendo a porta atrás de si.
Lá dentro, ouviu seu nome ser amaldiçoado, punhos cerrados batiam insistentes a porta ameaçando derruba-lá. Ela fechou os olhos e arfou, virou-se lentamente para direita, encarando-se em um pedaço de espelho pendurado acima da pia. Seu rosto parecia judiado, a cor morena e vibrante iluminada pelo dourado do sol encontrava-se avermelhada e um pouco pegajosa, os olhos também vermelhos e levemente inchados, contrastavam com os lábios secos e rachados. Chorou.
Afogando-se em suas próprias secreções e lamentos, desejou estar morta naquele momento, respirou fundo até que o peito doesse. E então voltou a fitar-se, desta vez com raiva, ódio e descrença. A imagem refletida não se parecia com ela, nem nada do que conhecera. Leigh-Anne Pinnock não existia, não mais.
Desamarrou os cordões do corpete com força e agilidade, a dificuldade cedeu a insistência das mãos sofridas, retirou as vestes íntimas, antes brancas, agora manchadas com vivido sangue. Lavou-as na pia como se esfregasse também as lembranças, estendeu-as contra o sol da fresta do minusculo banheiro e pôs-se debaixo da água fria. Banhando a vergonha e a humilhação.
Ouviu-se um grito rouco e conhecido. E os barulhos na porta romperam-se, depois seguiram mais três batidas desta vez mais calmas e inseguras.
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Uma Dama Para Lady Edwards
FanficA Viena do século XIX caminhava para o progresso desatando as amarras da escravidão, com seus heróis aclamados nas altas cortes, enquanto o povo liberto permanecia cativo, seus carrascos agora nomeavam-se fome, medo e desabrigo. A jovem camponesa Le...