A comida foi servida as nove, a mesa farta aguçara os desejos famintos de todos ali, não era uma data especial, mas aquele sem dúvida era um banquete, quando Jesy por fim anunciou o referido jantar, as vedetes aproximaram-se sem receio ou orgulho, pondo-se a comer tudo o que as atividades físicas diurnas lhe tiraram por forma de energia, com estas me refiro ao sexo obviamente, uma vez que a taverna não se abria aos domingos seus únicos lazeres resumiam-se a trancar-se todo o dia em seus quartos com os respectivos carrascos a tira colo.
As tantas de duas coxas e meia do galizé, Carolyn deu-se conta do amargo amante a fumar sozinho próximo da única minúscula janela do quente cubículo Edgar, há muito não se comunicava com ninguém ali mais que duas silabas por vez desde que se aborrecera com Austin não levantara a voz para Leigh-Anne ou quem quer que fosse limitava-se a trocar um ou dois palavrões com Draco quando este o evocava, mas nada além do que seu ferido orgulho de macho pudesse permitir, depois de olhar com desdém o pessoal reunido jogou o restante e se juntou a eles, Jesy sorriu vitoriosa enquanto Leigh-Anne que não conseguira comer, ansiando que o plano desse certo os observava com aflição.
Ao contrário de todos que se empenhavam em comer, de longe Draco parecia pensativo sentado nos degraus de cimento perto da mesa de cartas, fitava Jéssica com curiosidade, e como Austin o incumbira, atenção. Pela primeira vez a durona e inofensiva Jesy passara de um simples objeto de desejo inalcançável para uma suspeita impensada, desde que correspondera a suas investidas sem saber ela o pusera em seu rastro, a negra a sua frente absorta em pensamentos e de expressão agravada lhe inspirava ainda menos confiança, agora atentara-se que Jéssica que antes nunca servirá seus chás perfumados a ninguém dava-os de graça sem nada em troca, mudança repentina tão ou mais estranhas que todos seus desânimos e sonolência que a quente bebida proporcionava, atentando-se bem aos seus detalhes dentro dos grandes olhos verdades e do sorriso sedutor, Jesy enfeitiçava a todos com seu preparo e manipulação como a verdadeira bruxa do mar que os piratas procuram, uma sereia de canto doce e dedos ágeis para o veneno.
Com inocência infantil dirigiu-se a Draco formoso convite, dançando em seus lábios a perdição de sua vigília, convidando ao mar de um sono profundo, ao qual ele sentia-se na obrigação de resistir negou com a cabeça alegando não sentir fome, ao fim da refeição Jesy tentou ainda mais uma vez oferecer-lhe suco e persuadi-lo ao deleite de refrescar-se temendo a armadilha e contrariando a todos que já o haviam bebido, tomou o copo em mãos pela insistência e afim de evitar qualquer desconfiança das tramadeiras, levando o copo consigo e fingindo beber, arrastou-se para o banheiro onde livrou-se do liquido amarelo privada a baixo.
No auto da noite como sua intuição previra todos dormiram Draco não se fez de rogado e fingiu adormecer deitado sobre a mesa de carteado. Horas depois julgando-o desmaiado de bêbado Jéssica voltou-se para a amiga alertando-a que se vestisse e partisse o quanto antes, como Draco demorara-se a deitar a mais velha já estava demasiado cansada para acompanha-la e apiedando-se da amiga Leigh garantiu que poderia guiar-se sozinha com a carroça, com os ouvidos aguçados o forte homem ouviu quando a negra planejava encontrar alguém, intrigado e sabendo não tratar-se de Austin o capanga procurou registrar o endereço em sua mente, quando finalmente a moça saiu e Jesy pôs-se a dormir ele esperou e após a pesada respiração denunciar o sono da traidora vedete, levantou-se de salto e se foi no encalço da fugitiva.
Quando o cavalo parou por fim, ela sentiu seu coração acelerar com as luzes acesas o celeiro habitado esperava por ela afoita invadiu seu interior depois de amarrar firmemente a carroça, sobre o feno cabisbaixa Perrie, limitou-se a encará-la seu rosto pálido, já não apresenta os rosados costumeiros e seus olhos umedecidos pelo pranto pareciam já sem esperança, Leigh correu abraçando-a com aflição, queria acolhe-la, cuida-la presenteá-la de afeto, anestesiada Perrie a abraçou com os troncos se chocaram, apertou-a contra si e deixou que as lágrimas corressem livremente, ela quis fala, mas emudeceu não podia pronunciar sequer qualquer coisa que traduzisse toda a humilhação e ostracismos ao qual a violência daquele homem a condenara. Leigh-Anne compreendeu o seu silêncio, de um modo que só ela que passara o mesmo que ela poderia compreender enlaçadas pela invasão e o abuso que lhes aferiram.
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Uma Dama Para Lady Edwards
FanficA Viena do século XIX caminhava para o progresso desatando as amarras da escravidão, com seus heróis aclamados nas altas cortes, enquanto o povo liberto permanecia cativo, seus carrascos agora nomeavam-se fome, medo e desabrigo. A jovem camponesa Le...