O lugar de uma mulher

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*Desculpa o sumiço ainda não estou tão bem e sem pc. Então tenham paciência comigo e não desistam dessa obra linda* beijinhos e se protejam nessa quarentena.


Leigh-Anne chegou a tempo de ver a irmã cruzar a estrada para entrar em uma carroça que acabara de parar. O homem que a dirigia parecia ser um fazendeiro comum a levar leite para vender na feira da cidade. Annastácia esbravejava, pois estava ansiosa, queria deixar aquele local o mais rápido possível, sua atitude agressiva no entanto pareceu assustar o passante que temia ser assaltado e não parecia disposto a ajuda-la, Leigh-Anne apressou-se e os surpreendeu.

- Anna, espera por favor, você precisa me ouvir.

- Leigh-Anne, você conhece esta moça?

- Ah, olá senhor Joaquim não o reconheci ao longe. – Leigh notou o conhecido rosto escondido debaixo do grosseiro chapéu de palha. – Sim, é a minha irmã.

- Acreditei que tivesse deixado-te claro, não a quero perto de mim, engula suas desculpas e preocupações.

- Deixe-me pelo menos falar com você, se não por mim, por nossa avó.

- Como ousas usá-la sobre qualquer acordo? Você perdeu este direito.

- Com licença, mocinha você deveria ter mais respeito, ela é vossa irmã.

- O Senhor fique fora disso, não sabes o que está havendo aqui, tenho motivos para agir assim.

- Está sendo muito dura comigo, deveria ao menos deixar-me explicar-te, mas se não queres não insistirei. Senhor Joaquim, poderia leva-la até a cidade? Eu ficaria grata.

- Claro, Leigh a conheço desde menina e sei seu valor, sua irmã não sabe das palavras duras que fala. – Anna o encarou com desdém.

- E o senhor não mede as tolices que saem de vossa boca, não é mesmo?

- Já basta Annastácia! Respeite-o ele está a prestar-lhe favores, ao menos tenha respeito por isto.

Sem mais palavras Annastácia montou sobre a charrete.

- E você filha, não vem?

- Não, esperarei por aqui darei um jeito.

- Suba, suba. Ou não levarei a rude mocinha aqui. Não a deixarei a torrar sob este sol.

Ressabiada, mas vencida Leigh-Anne subiu para o desgosto de Annastácia que estava tão furiosa e magoada com a irmã que evitava olha-la um minuto que fosse. A irmã mais velha por sua vez sentia-se muito envergonhada e confusa, seu coração ganhara um caco a mais e por mais minúsculo que pudesse parecer-lhe, a indiferença e repúdio da irmã causava-lhe imenso desconforto e tristeza. 

A carroça parou na feira movimentada e antes mesmo que os cascos dos cavalos esfriassem ou mesmo Leigh pudesse agradecer a gentil carona, Anna transvasou-a e pulou no solo poeirento tomando a dianteira em meio a multidão Leigh-Anne, por sua vez, correu em seu encalço ultrapassando barracas e mercadores, gaiolas com galinhas vivas pelo caminho, uma verdadeira corrida de obstáculos, até alcançar as ruas, vielas e por fim finalmente o quintal da simples casa de madeira em que moravam. Anna parou apoiada sobre a pia de pedras onde batiam as roupas, parecia cansada e pronta para chorar, quando percebeu a presença de Anne, fez menção de fugir novamente desta vez para dentro de casa porém, Leigh a impediu segurando-a com força pelo braço. Annastácia continuava a debater-se como se Leigh-Anne pudesse machuca-la, toda sua atitude tornava tudo tão mais difícil, tão cansativo, e Anne já estava farta, já não havia forças ou paciência. Anna precisava parar, precisava escuta-la, então sem muito pensar, Leigh-Anne a estapeou.

Uma Dama Para Lady EdwardsOnde histórias criam vida. Descubra agora