Uncertainties

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Por favor... Eu não consigo. Preciso de ajuda!”

                  Jungkook

Sabe quando, mesmo tentando tanto, você sente que faz tudo errado? É exatamente assim que me sinto. Se não fosse por minha culpa, meu pai não teria vindo atrás de Jimin. Nada disso teria acontecido.

E pensar que prometi protegê-lo, mas ainda assim o coloquei em perigo. Queria estar certo sobre o que disse a ele, mas não posso afirmar que acredito nas minhas palavras; ultimamente, não tenho acreditado em mais nada.

Meu sonho está se tornando um pesadelo; a vida feliz que tanto almejo parece se dissipar a cada segundo, e eu não sei o que fazer.

Ainda estava abraçado ao meu pequeno, contemplando o quão aconchegante é estar com ele em meus braços, sentir seu calor. Eu não suportaria se algo lhe acontecesse; nunca me perdoaria.

— Eu te amo tanto, pequeno — digo, sentindo seus braços me rodearem com mais força.

— Eu sei, também te amo muito — ele responde, sorrindo. — Então não importa o que aconteça, você não pode me deixar, certo?

— Certo... — digo, dando um beijo em sua testa. — Então me prometa que, se algo acontecer comigo, você vai seguir em frente, ter uma vida boa e feliz, ok?

Jimin tinha os olhos marejados, enquanto negava seriamente meu pedido.

— Não diga isso! Nada vai acontecer com você! — ele diz em pranto, segurando meu rosto entre suas mãos.

— Só me prometa, hmm? — digo, sentindo um nó se formar em minha garganta ao vê-lo devastado com tal menção.

— Eu não posso, Jungkook! Não me peça isso! — ele diz, segurando minhas mãos. — Você não vai me deixar, certo?

A única coisa que fiz foi me calar; diferente de todas as outras vezes, eu não fui capaz de dizer que sim.

— Por que não diz nada? — Jimin fala exaltado. — Por favor, Jungkook, diz alguma coisa.

— Eu não sei se sou capaz de cumprir minha promessa, pequeno — digo, olhando-o seriamente. — Me desculpe.

— Você vai me deixar assim como todos os outros! — ele profere, subindo as escadas em direção ao quarto e me deixando sozinho.

Eu quis ir atrás dele, quis dizer que sempre estarei ao seu lado. Mas o que fazer quando não se tem certeza disso? Não sei o que pode acontecer daqui para frente, e estou com medo. Estou tão assustado.

Quando criança, pensava como seria bom crescer, mas agora tudo o que eu queria era simplesmente desaparecer.

Jimin tem seus motivos para ficar bravo comigo, mas tentem me entender. Meu pai está agindo como um louco, usando ameaças para me atingir. Não seria prudente simplesmente ignorá-lo; se ele tentou algo contra meu pequeno, com certeza achará um jeito de acabar comigo.

Não é à toa que desde pequeno minha mãe tinha medo dele. Agora eu a compreendo.

Ainda atordoado, subo as escadas em direção ao quarto. Jimin estava sentado na cama com o rosto entre os joelhos; vou até ele.

— Meu amor, você está chateado comigo? — pergunto ao me aproximar.

— Não... — ele funga, e pude ver seu rosto completamente vermelho por conta do choro.

— Me desculpa por te fazer chorar — ele cede olhar, finalmente me dando atenção.

— Pare de pedir desculpas! Você não faz nada de errado! — ele afirma. Acaricio sua bochecha. — Eu só estou assustado, Jungkook. Tudo isso está me deixando maluco.

— Eu sei, pequeno, eu sei — digo, o abraçando. — Mas agora você precisa descansar.

— Mas eu não quero — ele teima.

— Mas você vai sim — o deito na cama. — Meu bebê precisa dormir!

— Não sou uma criança! — ele diz, com um bico nos lábios.

— Você é pequeno e fofo — rio.

— Tamanho não é documento — ele diz emburrado. — Eu não sou tão pequeno.

— Desculpa, meu amor, mas levei totalmente pro lado malicioso — rio, lembrando que levei belos tapas dele no processo.

— Você é totalmente pervertido — ele acusa, totalmente corado.

— Você não viu nada ainda — saio rapidamente, deixando um Jimin totalmente envergonhado pra trás.

Rio um pouco ao ouvi-lo resmungar; apesar de tudo, meu pequeno é o único que me faz sentir verdadeiramente vivo.

Pego uma xícara de chá, um que me ajudasse a pegar no sono mais rápido. Ouço meu celular tocar; era um número desconhecido, mas mesmo assim atendo.

— Alô!?

Como vai, filhinho? — escuto a voz de meu pai e meu corpo, como se automático, estremece completamente.

— Me deixa em paz! — digo alto ao celular, e ele ri.

Não sente falta do papai!?

— Você nunca foi um pai de verdade. Eu te odeio! — me sinto patético, mas não consigo evitar chorar.

— Ah, tá bom, chega desse drama. Estou cansado de ouvir você reclamar.

— Por que está fazendo isso? Me deixe em paz!

Gostou do que eu fiz com seu namoradinho?

— Não ouse tocar um dedo nele! — digo, alterado.

Que protetor você! Pena que não vai ficar aqui por muito tempo.

— Você está completamente louco!

Talvez eu esteja mesmo, mas isso torna tudo mais divertido, não acha?

— Me deixa em paz, por favor!

Eu sempre te observo, Jungkook. Em breve, você vai se encontrar com sua querida mamãe.

— Não cite ela.

O tempo está correndo, Jungkook. É melhor tomar cuidado.

Desligo o celular ainda atordoado. Olho pela janela e vejo um homem encapuzado parado em frente à casa; com um sorriso meio psicopata, ele se distancia.

Derrubo a xícara no chão, sentindo minhas pernas fraquejarem, as lágrimas molhando meu rosto. Me ajoelhei, implorando para que tudo parasse.

Ouço Jimin em passos rápidos em minha direção; a preocupação é visível em seu olhar.

— Jungkook, o que houve? — ele pergunta, mas fui incapaz de responder. — Sua mão está sangrando!

Olhei de relance para meu pequeno, sentindo aquele aperto no peito, e o abracei como se não houvesse amanhã.

— O que houve? Fala comigo, por favor! — Jimin questiona, e então simplesmente desabo.

Chorei na esperança de que tudo isso passasse. Eu estou tão cansado.

— Por favor... Eu não consigo... Não consigo... Me ajuda, por favor...

Alguém mais odeia o pai do Jungkook ?kkk

O que estão achando ? Fico meia insegura se os capítulos são bons ,me desculpa se ficou ruim ...

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